Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana do Cliente: Revista em casa por 9,90
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.

Por que alguns países usam artigo masculino, outros feminino e alguns não têm gênero (como Portugal)?

Os neutros são poucos. Entenda a origem dessa classificação.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 21 nov 2024, 11h45 - Publicado em 21 nov 2024, 10h00

Não há uma regra ou explicação específica. De modo geral, países que terminam com “a” sem acento costumam ser tratados no feminino: a Alemanha, a Inglaterra, a Argentina, a Croácia… Mas há exceções, como o Sri Lanka e o Quênia. 

A maior parte do restante – incluindo terminados em “a” acentuado – são masculinos: o Brasil, o Congo, o Canadá, o Vietnã, o Timor-Leste… Já os neutros são poucos: Portugal, Madagascar, Israel, Angola, Cuba e Marrocos, por exemplo. 

Por que? Bem, é arbitrário – e não só com países ou cidades, diga-se. Não há nada que indique que “parede” é algo femino e “abajur” é algo másculo, mas convencionou-se assim. A arte de atribuir gênero a todos substantivos é fruto de uma evolução curiosa das línguas. No protoindo-europeu – uma língua hipotética que existiu há milênio e deu origem às línguas latinas, germânicas, eslavas e ao grego – só havia dois gêneros: inanimado, para coisas, objetos e elementos da natureza, e animado, para humanos e animais. Faz todo o sentido.

Com o tempo, porém, as coisas foram se complicando. O gênero animado passou a ser associado com o masculino, enquanto o inanimado se tornou neutro. O feminino surgiu depois, ligado a palavras usadas para se referir a plurais ou coletividades. Mais tarde, no latim, os três gêneros persistiram: masculino, feminino e neutro.

No português, porém, o neutro foi absorvido pelos outros dois, principalmente pelo masculino. É possível que os países que não são acompanhados por artigo hoje sejam um resquício do gênero neutro, ainda que para serem caracterizados, os adjetivos concordam com um dos sexos (“Madagascar é lindo”).

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

Isso não ocorreu só no português. E prova da arbitrariedade do processo é que línguas distintas discordam sobre o gênero de países. Em francês, por exemplo, Portugal é menino; em russo, menina; no português, nenhum dos dois.

Pergunta de @fernanda1sa, via Instagram.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente. Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a 1,99/mês.