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Por que a pipoca virou comida oficial de cinema?

Ela sempre foi uma comidinha barata – mas não virou o snack favorito dos cinéfilos da noite pro dia. Entenda.

Por Rafael Battaglia
31 out 2025, 14h00

Há relatos milenares de pipoca na América Central e do Sul. Mas ela não era popular – os americanos ancestrais preferiam cultivar variedades de milho de casca mais fina (e que não estouravam como os de pipoca). 

No século 15, os colonizadores europeus notaram que, entre os astecas, o preparo só aparecia em certas celebrações. No século 19, com a invenção de uma grelha no formato de cesta, o preparo da pipoca ficou mais fácil e se espalhou. Por volta dos anos 1840, já era presença constante nos EUA.

Em 1893, o americano Charles Cretor patenteou o primeiro carrinho de pipoca, adaptado de um torrador de amendoim a vapor. Aí o salgadinho deslanchou – dava para encontrá-lo em qualquer circo, festa e evento esportivo. Desde sempre, afinal, ele foi um snack barato (com cinco centavos, você garantia um saco).

Dois anos depois, em 1895, o cinematógrafo dos irmãos Lumiére, na França, fez pipocar (rs) cinemas ao redor do mundo. Nos EUA, os maiores surgiram no começo do século 20. O ingresso era barato, as salas eram quentes e apertadas. Ainda assim, os exibidores queriam emular a pompa dos teatros e óperas da época, com tapetes vermelhos e letreiros imponentes.

Toda essa aura não combinava com a “simplicidade” das pipocas. Por isso, os primeiros donos de cinema proibiam o consumo do snack, que era vendido na rua (havia até uma checagem na entrada para conferir o casaco dos clientes). 

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Aos poucos, no entanto, os exibidores perceberam que seria inútil lutar contra a fama das pipoquinhas. Isso se consolidou durante a época de vacas magras da Grande Depressão, forte crise econômica que começou em 1929. O cinema (que àquela altura já exibia filmes falados), era a principal opção de entretenimento barato. E as pipocas, claro, eram o combo perfeito do rolê. 

Os exibidores, então, firmaram acordos com os pipoqueiros. Pelo pagamento de uma taxa, os vendedores podiam instalar seus carrinhos no lobby dos cinemas. Com o tempo, os cinemas passaram a vender a própria pipoca nas bombonieres.

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Em 1945, metade da pipoca consumida nos EUA vinha dos cinemas. Até hoje, o snack representa 40% do lucro dos exibidores. 

Esse hábito mudou todo o mercado. Antes da Grande Depressão, a maior parte da pipoca consumida era de milho branco. Os vendedores de cinema, porém, preferiam milho amarelo por ele se expandir mais ao estourar (ocupando mais volume no saco) e por deixar a pipoca com uma aparência mais amanteigada por causa da cor. Hoje, o milho amarelo representa 90% da pipoca consumida nos EUA.

Pergunta de Catarina Linhares, Salvador (BA)

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