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O detector de mentiras é evidência suficiente para condenar alguém?

Não: o polígrafo é uma tecnologia ultrapassada e pseudocientífica, que ainda alimenta uma indústria milionária.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 21 Maio 2020, 12h29 - Publicado em 21 Maio 2020, 12h28

Não. O detector de mentiras, ou polígrafo, foi criado em 1924 e hoje é uma tecnologia ultrapassada. Em uma pesquisa realizada em 1991, dois terços dos cientistas americanos com qualificação em ciências forenses e áreas correlatas consideraram a detecção de mentiras uma pseudociência.

Yuri Felix, diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, afirma que “estados, empresas, órgãos de investigação e a própria comunidade científica americana, onde surgiu este instrumento de suposta detecção, já atestaram sua falta de credibilidade e, principalmente, cientificidade.” Mesmo assim, 2,5 milhões de testes de polígrafo são realizados nos EUA por ano, de acordo com uma apuração da revista Wired. Eles saem por US$ 700 cada.

O que o aparelho faz é detectar flutuações na pressão sanguínea, na frequência dos batimentos cardíacos etc. De fato, o coração de um mentiroso tende a disparar (dentre outras flutuações fisiológicas). Mas um inocente em um interrogatório também pode ficar ansioso e gerar um falso positivo. Assim como um mentiroso treinado é capaz de induzir um falso negativo e burlar o artifício.

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Talvez a SUPER esteja mentindo, e o detector funcione. Mas você nunca vai ter como provar, não é mesmo? rs.

Pergunta de @rodriguesjeferson, via Instagram

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