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Como os ventríloquos falam sem mexer a boca?

É preciso muito treinamento, claro – mas alguns truques de ilusão ajudam.

Por Bruno Carbinatto
24 abr 2025, 12h00

Com bastante técnica e um pouco de ilusão.

Esses artistas mantêm o maxilar relaxado e a boca quase fechada, como numa ameaça de sorriso,  com lábios e dentes ligeiramente afastados e a língua livre para se mover por trás.

Alguns sons são fáceis de emitir nessa configuração: todas as vogais e consoantes como “c”, “d” e “t”. Teste falando “tucada”. Soa estranho no começo – o “a” fica abafado e o “u” parece exigir um biquinho –, mas os ventríloquos aprendem técnicas de canto para projetar a voz e usam timbres caricatos, que combinam com o fantoche e disfarçam a estranheza.

Outros fonemas são mais difíceis. O “v” e o “f”, por exemplo, são chamados de labiodentais porque o ar passa entre o lábio inferior e os dentes superiores (fale a palavra “farofa” com a mão na frente da boca e sinta o ventinho). Com o lábio fora da jogada, o jeito é discretamente fazer o ar passar pela língua e pelos dentes de cima – resultando num som parecido com o do “th” do inglês, que não existe em português. Não é o mesmo som, mas é uma aproximação fácil de disfarçar.

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As consoantes bilabiais – “p”, “b” e “m” –, por sua vez, são impossíveis sem os lábios. Só há uma solução: excluí-los totalmente do vocabulário e substituí-lo por outras consoantes parecidas. “Mãe” vira “nãe”, por exemplo, e batata vira “datata” . Falando rápido e dentro de um contexto, nosso cérebro “traduz” o som automaticamente para o que é esperado, de modo que nem percebemos a troca.

O resto é ilusão: com o boneco ao lado mexendo e te distraindo, acabamos não reparando tanto nos pequenos movimentos inevitáveis, como o dos músculos da garganta. E claro, quanto mais experiência, mais natural fica para o artista.

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