Como começaram os álbuns da Copa no Brasil?
Em matéria de figurinhas de futebol, o Brasil já é campeão.
Esses objetos de adoração de muita gente surgiram no país em 1950, no embalo da competição mundial que aconteceu aqui pela primeira vez. Era um produto da indústria de doces “A Americana”, que vendia álbuns de futebol desde 1938. Só que não tinha nada a ver com a Copa daquele ano: o foco era nos times brasileiros.
Aliás, antes mesmo de lançar os álbuns, a empresa já inseria figurinhas com os jogadores nas embalagens das “Balas Futebol”. As crianças colecionavam, mas faltava ter um tipo de caderno onde pudessem colar as figuras para tornar esse acervo mais duradouro.
Já a atual editora responsável pelas figurinhas, a italiana Panini, entrou em cena por aqui só na Copa de 1990 – lá fora, já tinha desde o mundial de 1970.
Em entrevista à revista esportiva Sports Illustrated, Mark Warsop, CEO da Panini America, confirmou o que muitos colecionadores imaginavam: o Brasil é o país com maior número de vendas de figurinhas e álbuns da Copa. Além dos nossos vizinhos latinos, que compartilham da paixão pelos álbuns, outros mercados relevantes para a Panini são a Inglaterra, os EUA e a Suíça.
– Em março de 2017, uma versão do álbum da Copa de 1970 autografada duas vezes por Pelé foi leiloada por 12.038 euros (R$ 40 mil na época).
– O álbum com mais espaços para figurinhas é o da Copa de 2018, na Rússia, com 681 cromos. Este ano, pela primeira vez, o número diminuiu: foi para 670.
– As primeiras autocolantes chegaram ao Brasil em 1979. Mas sem ligação com futebol: eram da coleção “Amar É…”, com frases românticas e um casal peladinho