Dizem que cabeça vazia é a oficina do diabo. Deve ter sido com base nessa ideia que um juiz de Santa Rita do Sapucaí (MG) resolveu transformar presos de bom comportamento em produtores de energia elétrica.
A engenhoca funciona assim: duas bicicletas ficam no pátio do presídio. Por correias, as pedaladas geram a energia que carrega um par de baterias. No guidão, um aparelho indica a hora de parar. Depois de carregadas, as baterias são levadas até o centro da cidade. À noite, a energia produzida ilumina parte de uma praça de Santa Rita.
No presídio, o projeto foi criticado, mas depois ganhou a adesão dos detentos. Outras oito bicicletas devem ser instaladas. “Controla um pouco da ociosidade, e a cada 16 horas pedaladas eles têm um dia a menos na pena”, aponta o juiz.
Nenhum detento é obrigado a participar do projeto, mas alguns animaram produzir energia com frequência depois de notar um corpinho mais sarado.
Pedalando o dia inteiro, eles conseguem produzir energia para acender seis lâmpadas. Quando o presídio tiver dez bicicletas funcionando, a cidade ganhará carga suficiente para iluminar toda a avenida. Veja como funciona: