A começar pelo estresse: a raiva diminui a concentração de cortisol (hormônio do estresse) no sangue. Parece contraditório? Mas foi o que aconteceu com 30 homens que participaram de uma pesquisa da Universidade de Valencia, na Espanha. Enquanto induziam os participantes a sentirem raiva, os pesquisadores escanearam o cérebro deles e mediram os batimentos cardíacos, pressão sanguínea e os níveis de testosterona e cortisol.
Além de diminuir o nível de cortisol no sangue, o cérebro registra o momento de raiva no lado esquerdo do cérebro. E é por ali que passam as boas emoções – o lado direito é associado às lembranças ruins -, e ainda desencadeia uma sensação de proximidade (como se você estreitasse os laços com alguém), que te deixa mais feliz.
Sim, proximidade. O líder da pesquisa, Neus Herrero, explica: “Normalmente, quando estamos bravos mostramos uma tendência natural de chegar mais perto daquilo que nos incomoda, para eliminá-lo”. Ou seja, o cérebro só registra a aproximação, mas não vê o estímulo negativo que veio dela. Aí você fica feliz. E menos estressado.
Portanto, permita-se ter alguns momentos de raivinha, leitor. Só cuidado para não exagerar: a pesquisa mostrou que os excessos constantes de raiva têm efeito contrário e só fazem mal para você.
Crédito da foto: flickr.com/photos/cotidad
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