Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Ciência Maluca

Por redação Super Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog não é mais atualizado. Mas fique à vontade para ler o conteúdo.
Continua após publicidade

O cientista que passou 35 anos medindo o crescimento das próprias unhas

Por Tiago Jokura Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 abr 2018, 16h59

Você já deve ter ouvido falar que a ciência é construída lentamente, com pequeninos pedaços de conhecimento específico que vão se aglomerando ao longo de anos de pesquisa, fazendo os paradigmas do conhecimento humano avançar, devagar e sempre. O médico americano William B. Bean (1909-1989) levou essa analogia a sério – até demais – ao longo de sua carreira acadêmica.

Além de publicar mais de 600 artigos científicos em tópicos tão variados quanto nutrição, doenças respiratórias, do coração e do fígado enquanto lecionava nas universidades de Iowa e do Texas, nos EUA, Bean tocava uma pesquisa paralela e muito particular. Por meio dela, inclusive, realizou a proeza de, ainda em vida, doar o corpo para a ciência: foram 35 anos (entre 1942 e 1977) medindo o ritmo de crescimento de suas unhas – tudo documentado em quatro estudos publicados entre 1963 e 1980 no periódico Archives of Internal Medicine, cujo editor, vejam só, era ele próprio.

 

 

“Quando comecei a medir o crescimento das unhas, fiz marcas em todas elas. Em poucos meses, descobri que cada uma tinha seu próprio ritmo”, descreveu o professor Bean. Resumidamente, concluiu que unhas dos pés crescem mais devagar que as das mãos e que as unhas dos dedos médios crescem mais rápido do que as dos dedos das extremidades. Bean também observou, minuciosamente, como as unhas crescem mais lentamente conforme a idade chega. “O crescimento da unha do meu dedão esquerdo, por exemplo, variou de 0,123 mm por dia quando eu tinha 32 anos para 0,095 mm diários quanto eu tinha 67” – uma queda de 33%, quase 1% por ano –, concluiu.

Calculando a taxa média de crescimento das unhas de Bean, temos que esse ramo específico de observação dermatológica avançou 1,39 metro no período de estudo. Cruzando esses dados com a geologia mais atual, concluímos que o crescimento médio das unhas de Bean (39 mm ao ano) era duas vezes maior que o deslocamento dos continentes (20 mm anuais).

 

 

Uma pena que o doutor tenha morrido dois anos antes da primeira edição do prêmio IgNobel, que destaca as pesquisas científicas mais absurdas do planeta. Fica a sugestão da Super para uma homenagem póstuma ao mr. Bean menos famoso.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.