Sabe aquele seu amigo que anima qualquer ambiente, mas às vezes esquece de caprichar no desodorante? Talvez não seja má ideia ficar perto dele mesmo em “clima adverso”.
Cientistas já sabiam que estímulos visuais e sonoros transmitem sentimentos positivos. Mas aquele cheirinho particular de cada um também pode ser uma boa influência. Até agora, a ciência só conhecia a transmissão de sentimentos negativos, como medo. Essa comunicação aromática seria um mecanismo biológico de alerta para espécies ameaçadas por predadores, por exemplo. Ou seja, um animal perseguido exalaria um odor que soaria o alarme para outras potenciais presas.
Sentindo cheiro de algo mais, pesquisadores da Universidade de Utrecht, na Holanda, decidiram testar se os odores corporais – o popular cecê ou futum – também podem transmitir sensações positivas. Eles exibiram filmes para 12 homens. Primeiro, eles assistiram Mogli – O Menino Lobo (para ficarem alegres), depois viram trechos de A Lista de Schindler e Pânico 2 (para sentirem medo) e, por fim, assistiram vídeos de previsão do tempo (de conteúdo tedioso, neutro).
Ao fim de cada minissessão, os pesquisadores coletaram suor do sovaco dos voluntários e deram para mulheres cheirar. Enquanto apreciavam os aromas, os impulsos elétricos emitidos pelas expressões faciais delas eram monitorados. Ao cheirar o “suor feliz”, elas tiveram expressões mais alegres – incluindo sorrisos – do que ao ter contato com aromas “tristes” e “neutros”.
Se você gostou muito de saber disso, fica a sugestão: esqueça o desodorante hoje e espalhe sua alegria pelo mundo.