Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90
Imagem Blog

Bruno Garattoni

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Huawei FreeBuds Pro 4 mantêm qualidades de “irmão” mais simples – e avançam no som

Fones combinam cancelamento de ruído poderoso, como nos Freebuds 6i, a dois alto-falantes por canal e primeiro codec de áudio Bluetooth 100% sem compressão; leia review

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 fev 2025, 16h55 - Publicado em 10 fev 2025, 16h00

Os fones de ouvido Huawei Freebuds 6i, lançados no final do ano passado, têm um microrressonador de Helmholtz: um componente, criado em 1862 pelo físico alemão Hermann von Helmholtz, que absorve frequências sonoras. Nos Freebuds 6i, ele é usado para eliminar parte do ruído externo – e isso, como constatou nosso teste, permite que o sistema de noise canceling dos fones seja espantosamente eficaz. 

Agora, a Huawei está lançando no mercado brasileiro seu modelo topo de linha, os FreeBuds Pro 4. A apresentação do produto não traz qualquer referência à presença de um ressonador de Helmholtz.

Mas, com ou sem ele, o cancelamento de ruído dos fones é tão bom quanto nos Freebuds 6i: consegue anular quase todo o barulho, mesmo em situações extremamente ruidosas. Está bem acima, nisso, da média dos fones intra-auriculares – o cancelamento de ruído se aproxima do obtido por bons modelos over-ear, como os Sony WM-1000XM2.  

Os Pro 4 também têm boa qualidade de áudio. O som é um pouco superior ao modelo mais barato da Huawei, pois cada Pro 4 possui dois alto-falantes internos (contra um nos Freebuds 6i). Isso dá mais punch e definição aos graves, e também aumenta a separação instrumental – fica mais fácil de ouvir detalhes das músicas. 

Imagem do fone bluetooth Huawei da cor preta.
(Huawei/Divulgação)
Continua após a publicidade

Dependendo da sua preferência pessoal, a equalização padrão dos Pro 4 pode ter graves demais (algo comum em fones direcionados ao público mainstream). Mas é tranquilo resolver isso: basta usar o equalizador presente no app dos fones.

Sobre o app, uma observação importante. Como a Huawei foi banida da Play Store em 2019, em meio à guerra comercial entre China e EUA, o aplicativo AI Life, que gerencia os fones e outros produtos da empresa, não está disponível na lojinha do Android (na app store do iOS, curiosamente, ele está). Então, para baixá-lo, você acessa o site da própria Huawei – ou escaneia um QR code impresso no manual dos fones. Funciona.

A duração da bateria é boa. Com o noise canceling ativado, ela fica em torno de 5 horas, mais três recargas na case – que é pequena, bonita e bem acabada (o produto é fabricado nas cores preta, branca e verde). 

Continua após a publicidade

Assim como os Freebuds 6i, os Pro 4 têm conexão Bluetooth multiponto: você pode deixá-los pareados com o seu notebook e smartphone, e os fones alternam automaticamente entre eles. Mas, no aspecto Bluetooth, os Pro 4 oferecem algo a mais: o novo codec L2HC 4.0, que foi desenvolvido pela Huawei e alcança até 2,3 Mbps de taxa de transmissão. 

Isso significa que ele é o primeiro codec Bluetooth capaz de transmitir áudio estéreo sem qualquer compressão. Os outros codecs do tipo já lançados até hoje, como o AptX Lossless, da Qualcomm, e o LDAC da Sony, não chegam lá, pois trabalham a menos de 1,4 Mbps (a taxa de dados necessária para transmitir dois canais de áudio, no padrão 16 bits/44 KHz, sem compressão).   

Imagem do fone bluetooth Huawei da cor branca.
(Huawei/Divulgação)
Continua após a publicidade

O porém é que, para usar o L2HC 4.0, o seu smartphone precisa ser compatível com ele – e, por enquanto, só aparelhos da Huawei são. No meu celular, um Samsung Galaxy S23 FE, os fones da Huawei conectaram usando o codec AAC, o mesmo adotado pela Apple nos AirPods. 

Na prática, codecs de alta taxa de bits, como o L2HC e similares, não fazem tanta diferença quanto se imagina. Quando a compressão digital é bem feita, fica muito difícil, ou impossível, perceber o efeito dela na qualidade de áudio – e mesmo codecs com bitrates mais modestas, como o AAC e o AptX comum, conseguem bons resultados.  

Os Pro 4 são sensíveis ao toque (você pode parar a música ou ajustar o volume deslizando o dedo por eles), e também reconhecem movimentos da cabeça: para aceitar ou rejeitar uma ligação telefônica, basta fazer “sim” ou “não” com ela. O recurso funciona com ligações normais e também com chamadas do WhatsApp. 

Continua após a publicidade

Os Freebuds Pro 4 custam R$ 1.699. São bem mais baratos do que seus concorrentes diretos, os AirPods Pro (R$ 2.599) e Galaxy Buds 3 Pro (R$ 2.199). Mas são muito mais caros do que seus irmãos mais simples, os Freebuds 6i – que foram lançados por R$ 599, mas hoje você encontra no varejo por até menos, em torno de R$ 500. Uma relação custo-benefício imbatível.

O modelo mais caro tem mais tecnologia, mais recursos e qualidade de som melhor. Mas, para muita gente, os Freebuds 6i já estão de bom tamanho.

Compartilhe essa matéria via:

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.