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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Apple mostra o Vision Pro, seu headset de “realidade mista”

Aparelho funciona como capacete de realidade virtual, com total imersão, ou no modo de realidade aumentada, com telas flutuantes no ambiente; preço alto, "a partir de US$ 3.499", será principal obstáculo

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Atualizado em 5 jun 2023, 21h01 - Publicado em 5 jun 2023, 17h33

Aparelho funciona como capacete de realidade virtual, com total imersão, ou no modo de realidade aumentada, com telas flutuantes no ambiente; preço alto, “a partir de US$ 3.499”, será principal obstáculo

CUPERTINO – Acabou de terminar o keynote (apresentação de abertura) do Worldwide Developers Conference, evento realizado anualmente na sede da Apple, na Califórnia – e que, este ano, recebeu desenvolvedores de software de 60 países.

A empresa começou mostrando uma nova versão do Macbook Air, com tela de 15 polegadas. Ele tem 11,5 milímetros de espessura e pesa 1,3 kg. Vem com processador M2 e, segundo a Apple, alcança inéditas 18h de bateria. Vai custar US$ 1.299 nos EUA. No Brasil, R$ 14.999.

Imagem do MacBook Air de 15 polegadas.
(Apple/Divulgação)

Em seguida vieram os novos Mac Studio, com processadores M2 Max ou M2 Ultra. Segundo a Apple, eles são 25% e 50% mais rápidos, respectivamente, que os antecessores. O chip M2 Ultra tem 24 núcleos de CPU e até 76 núcleos de GPU (aceleração de vídeo). O Mac Pro, o desktop modular da Apple, também ganhou uma nova versão equipada com o M2 Ultra.

Foto do Mac Studio.
(Apple/Divulgação)

O Mac Studio com processador M2 Max vai custar a partir de US$ 1.999 (o modelo com M2 Ultra, a partir de US$ 3.999). Já o Mac Pro, US$ 6.999. Pois é, sete mil dólares – quando o valor foi anunciado, até os entusiásticos desenvolvedores presentes ao evento deram um suspiro de espanto. No Brasil, os preços são R$ 22.999 (para o Studio com M2 Max), R$ 45.999 (Studio com M2 Ultra) e, prepare o coração, R$ 74.999 para o Mac Pro.

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Sabe quando você recebe um áudio e não tem paciência, ou tempo, de ouvir? No iOS 17, o aplicativo Messages será capaz de transcrever áudios, transformando-os em mensagens escritas. Bem que o WhatsApp poderia ter algo do tipo.

Imagem do iOS 17 representando o NameDrop, que permite compartilhar arquivos do seu iPhone ou Apple Watch apenas por aproximação.
(Apple/Divulgação)

Outra novidade do iOS é o recurso NameDrop, que permite compartilhar os seus contatos, como endereço de email e número de telefone, com outra pessoa simplesmente aproximando o seu iPhone do dela.

Em países onde bastante gente tem iPhone, como os EUA (onde o celular da Apple detém 55,9% do mercado), isso pode ser bem útil. No Brasil, onde os iPhones são artigos de luxo, a serventia do NameDrop será menor – ele tende a se tornar um símbolo de status.

O iOS 17 permite que o iPhone fique com a tela permanentemente acesa, com a nova função Standby: ele vira um porta-retrato digital que também mostra fotos, previsão do tempo, resultados de eventos esportivos e o conteúdo de widgets de terceiros.

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Isso gasta bateria, e certamente terá algum impacto na autonomia do iPhone. A Apple não divulgou nenhum número a respeito, o que chama a atenção (se o modo Standby gastasse pouquinha bateria, a empresa certamente teria dito). A conferir. Correção: o Standby entra em ação só quando o iPhone está carregando. Logo, não há impacto sobre a bateria.

Tela dos novos macs.
(Apple/Reprodução)

O macOS Sonoma, nova versão do sistema operacional dos Macs, vem com papéis de parede animados (fotos aéreas de lugares bonitos, que se movem suavemente na tela e param, virando papéis de parede convencionais, assim que você se loga no sistema).

Outro recurso interessante do Sonoma é que, em reuniões online, dá para compartilhar a sua tela como se fosse um quadro: ela aparece numa espécie de lousa virtual, posicionada ao seu lado no ambiente em que você está (veja exemplo na imagem acima). O recurso é compatível com reuniões via Facetime, Zoom e Teams – mas não Google Meet.

O novo macOS será liberado para download, assim como o iOS 17, no segundo semestre (as versões beta, para desenvolvedores, a partir de julho).

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Os AirPods vão receber, por meio de uma atualização de firmware, o recurso Adaptive Audio, que tenta ajustar automaticamente a equalização do som e o nível de cancelamento de ruído de acordo com a situação em que você está.

É algo que os fones da série WH-1000XM, da Sony, oferecem há alguns anos – quando você está no aeroporto, por exemplo, eles continuam anulando o ruído ambiente mas deixam você ouvir os avisos (do tipo “iniciando embarque dos Grupos 1 e 2”) feitos pela tripulação.

A ideia é legal, mas na prática ainda não funciona muito bem. Vamos ver com os AirPods – segundo a Apple, eles usam machine learning para aprender o que fazer em cada situação.

Foto de divulgação da Apple Vision pro.
(Apple/Divulgação)

No final da apresentação, veio o mais esperado: os óculos Vision Pro (o produto não se chama Reality Pro, como especulado). O aparelho projeta uma ou mais telas virtuais na sua frente – elas flutuam no ambiente, e você pode usá-las para ver vídeos e filmes (inclusive em 3D, do serviço Apple TV+), jogar games ou editar documentos – basta um clique para mover janelas do Mac para os óculos.

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Imagem de aplicativos da Apple Vison Pro.
(Apple/Divulgação)

Você seleciona e controla as coisas, entrando e saindo de apps, com gestos das suas mãos – que o Vision Pro monitora usando câmeras embutidas.

Imagem de mostrando icone dos aplicativos da Apple Vison Pro.
(Apple/Divulgação)

O Vision Pro é um dispositivo de “realidade mista”, ou seja, ele funciona em realidade virtual (VR), com imersão total, ou em realidade aumentada (AR), sobrepondo elementos ao ambiente em que você está.

O aparelho também possui uma tela externa, que reproduz os seus olhos – para que as outras pessoas consigam ver, mais ou menos, o seu rosto enquanto você está usando o aparelho.

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O Vision Pro tem resolução total, somando os dois olhos, de 23 megapixels (quase o triplo de uma televisão 4K). É muito mais do que qualquer outro headset – e um ponto forte do aparelho. Já a bateria parece ser o calcanhar de Aquiles: ela é externa, uma caixinha pequena, e tem autonomia de duas horas.

Imagem da Apple vision pro.
(Apple/Divulgação)

Você deve estar pensando: só duas horas? Mas isso não é necessariamente tão ruim quanto parece. Como o aparelho foi projetado para uso estático (não em movimento, andando na rua), usá-lo conectado diretamente à tomada não chega a ser um problema.

No vídeo de demonstração da Apple, uma pessoa usa o Vision Pro para ver filmes no avião. A empresa também anunciou uma parceria com a Disney, que irá fornecer conteúdo do seu serviço de streaming, o Disney+, para o headset.

Os óculos possuem uma função, chamada Optic ID, que escaneia seus olhos e utiliza essa informação para verificar a sua identidade – o que, segundo a Apple, poderá ser usado para autorizar compras online, por exemplo. Os sites não têm acesso aos dados do Optic ID, ou seja, não sabem para qual pedaço da tela você está olhando.

O Vision Pro combina hardware avançado, que realmente está à frente dos dispositivos atuais, a uma proposta ousada: fazer VR e AR se tornarem, finalmente, plataformas de mídia relevantes – algo que, apesar dos esforços do Google, da Meta e da Sony (com o Google Glass, a série de capacetes Quest e o PlayStation VR2, respectivamente) nos últimos anos, ainda não aconteceu.

Imagem de aplicativos da Apple Vison Pro.
(Apple/Divulgação)

Mas, para isso, há um grande obstáculo. O aparelho, que será lançado no começo de 2024, vai custar “a partir de US$ 3.499” – a Apple só disse isso, dando a entender que haverá configurações ainda mais caras. Quando o preço foi anunciado, o público da conferência voltou a soltar um suspiro de espanto.

Inicialmente, o headset só será vendido nos EUA. Mas no Brasil, a julgar pelo preço local dos outros produtos da Apple, ele poderia chegar custando em torno de R$ 35 mil. Extremamente caro. E ele é caro para a realidade dos EUA também.

O Vision Pro é um produto “aspiracional”, ou seja, que não irá vender muito. Parece que a Apple quis marcar posição, mostrando ao mercado o que ela é tecnologicamente capaz de fazer – e começar a trilhar um caminho que daqui a alguns anos, com versões mais acessíveis do aparelho, talvez possa trazer AR e VR ao mainstream.

Isso dependerá da qualidade e variedade dos apps, do conteúdo e das “experiências” disponíveis para ele. Vamos testar as primeiras – e publicar o review delas, e do headset, na Super de julho.

O jornalista viajou a convite da Apple.

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