Antes de tudo, um pouco de história:
Um povo aborígene chamado Irukandji traz, de tempos antigos, um mito sobre uma presença misteriosa no mar que causa dores indescritíveis e, às vezes, a morte.
Já no século XX, médicos recebiam pacientes vindos da praia com dores fortíssimas, enjôos, náuseas, dores no peito, dores no abdômen e até edema pulmonar – sintoma mortal se não for tratado.
Em 1964, depois de tratar vários pacientes com esses sintomas, o médico Jack Barnes foi ao mar procurar a causa. Acabou achando uma pequena água-viva (pequena mesmo: do tamanho da unha do seu dedinho) e desconfiou que ali podia estar a resposta das dores. Como todo cientista EXTREMAMENTE cauteloso, ele passou a água-viva na própria pele, no filho e no salva-vidas que estava ali perto. Os três foram para o hospital meia hora depois, urrando de dor e, para o bem da consciência do médico, sobreviveram.
Em outras palavras, Dr. Barnes estava certo. Era aquela minúscula água-viva a fonte de tanta dor!
Ei-la:
Na primeira foto, a mini-água-viva. Nas outras duas, as células que injetam o veneno.
“Mas ela pode matar?“, pergunta o trêmulo leitor, “mesmo sendo desse tamanho?!?”
Sim. Mais de 70 mortes já foram documentadas! Duas delas em 2002. Imagine o estrago que faria esse veneno se elas tivessem alguns centímetros a mais!
Veja simulações de alguns casos:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Ws5hImeonEA?feature=oembed&w=500&h=281%5D
E meus traumas com o oceano só aumentam…
Fontes: Go Australia, vídeo da National Geographic e Real Monstrosities.
Imagens: Reprodução / Youtube e wikicommons