Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
Continua após publicidade

Carros autônomos: mais do que um luxo, uma necessidade civilizatória

A cada ano, acidentes de trânsito matam 1,3 milhão de pessoas no mundo. A tecnologia pura e simples, porém, pode reduzir fortemente essa estatística. Entenda.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 set 2023, 10h55 - Publicado em 15 set 2023, 10h54

A Vila Belmiro, estádio do Santos, tem capacidade para 30 mil torcedores. O Brasil perde mais de uma Vila Belmiro por ano em mortes no trânsito. Em 2021, data dos números mais recentes do Ministério da Saúde, foram 33.813.

Os acidentes com carros, caminhões, ônibus e motos formam a segunda “causa de morte evitável” no país – atrás apenas do tabagismo, que tira 160 mil vidas por ano.

O cigarro, falando nele, só não faz parte do rol de substâncias proibidas mundo afora por tradição (fora o lobby da indústria). Maços faziam parte da ração dos soldados nas Guerras Mundiais. Mas se o tabaco tivesse sido descoberto no século 21, certamente não estaria à venda nas padarias.

Com os carros e motos talvez não tivesse sido diferente. Se por algum desvio improvável da história os veículos individuais só tivessem surgido nesta década, dificilmente as carteiras de habilitação seriam algo amplamente acessível. Ficariam restritas a motoristas profissionais. No mundo, afinal, são 1,3 milhão de mortes no trânsito a cada ano (uma Porto Alegre inteira). E 50 milhões de feridos (uma Espanha).

A evitabilidade dos acidentes fica ainda nítida diante de outra estatística: 90% deles, de acordo com a OMS, são decorrência de falha humana.

Continua após a publicidade

Mas isso tende a mudar. Tecnologias que já existem são eficazes em coibir tais falhas. É o caso da frenagem de emergência. Ela para o carro ante ameaças de colisão iminente – e é obrigatória para veículos novos na Europa desde 2014. Também há o controle de cruzeiro adaptativo (ACC na sigla em inglês) – um piloto automático que deixa o veículo a uma distância sempre segura do da frente.

O ACC faz parte do chamado “Nível 1” de autonomia. O Nível 2 junta o controle de cruzeiro adaptativo com o lane assist, sistema que mantém o carro na faixa de rodagem durante uma curva mesmo se você soltar o volante. É o degrau no qual estão hoje os automóveis da Tesla (e de várias outras fabricantes). De acordo com a montadora de Elon, seus carros com esse nível de autonomia sofrem um acidente a cada 8,9 milhões de km – versus um a cada 1 milhão de km da média americana. Um salto.

E já existem automóveis no Nível 4 – caso dos 600 táxis-robôs que rodam por São Francisco, na Califórnia. Eles não têm motorista. Você chama na rua, o carro chega sozinho e faz a viagem por conta própria. Não que seja tudo uma estrada de rosas. Em nossa reportagem de capa deste mês, o editor Bruno Garattoni, com os repórteres Daniel Sanes e Leonardo Pujol, mostra os desafios que os carros autônomos ainda têm a vencer para fazerem parte das nossas vidas.

Continua após a publicidade

De qualquer maneira, o futuro deles é promissor. E o fator segurança torna o desenvolvimento dessa tecnologia mais do que um luxo. Trata-se de uma evolução necessária. Civilizatória.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.