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Vovós mergulhadoras descobrem que paraíso marinho está repleto de cobras

As 'Vovós Fantásticas' conseguiram acumular informações inéditas sobre mais de 230 cobras que viviam escondidas em uma área turística.

Por Ingrid Luisa
26 out 2019, 11h46
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  •  (CLAIRE GOIRAN/UNC/Reprodução)

    Você já pensou sobre o que quer fazer na velhice? Sinto dizer mas, o que quer que seja, não vai superar o lifestyle destas sete senhoras. Auto intituladas “Vovós fantásticas”, todas na faixa dos 60/70 anos, elas se tornaram parceiras do desenvolvimento científico submarino no Pacífico – mais especificamente, tirando fotos de cobras marinhas letais.

    Aliás, é graças a elas que podemos alertar: se você morre de medo de cobra, fique longe do paraíso chamado Baie des Citrons, na cidade de Noumea, capital da Nova Caledônia, arquipélago francês no sul do pacífico.

    Apesar de popular entre turistas de cruzeiros que passam por ali, a região é infestada de Hydrophis major, uma serpente marinha venenosa.

    O estudo dessa espécie na região começou com os pesquisadores Claire Goiran, da Universidade da Nova Caledônia, e Rick Shine, da Macquarie University, que estudam há 15 anos a Emydocephalus annulatus, também conhecida como cobra cabeça de tartaruga, na Baie des Citrons.

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    Na localidade, eles também avistaram outra espécie, a Hydrophis majora, algumas vezes, e ficaram curiosos sobre o bicho, que é a maior cobra venenosa da região, com cerca de 1,5 metro de comprimento. A partir de 2013, a dupla decidiu procurar mais de perto essa espécie, mas nos 36 meses seguintes eles viram a cobra pouquíssimas vezes.

    E foi aí que entraram as Vovós Fantásticas. Há dois anos, as amigas – que adoram praticar mergulho na Baie des citrons – se ofereceram para ajudar os pesquisadores. Em posse de câmeras equipadas para fotografia embaixo d’água, elas se aventuraram não mais por hobby – mas, sim, em busca de encontrar e registrar as serpentes letais.

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    Deu mais certo do que os cientistas imaginavam: por conta do trabalho das Vovós, os cientistas atestaram que há mais de 250 dessas cobras na baía. O projeto de fotografia também revelou novas informações cruciais sobre os padrões de reprodução e o número de animais jovens presentes nessa população.

    Pelo comportamento esquivo desses animais, são informações difíceis de se obter. Segundo o Dr. Goiran, agora se sabe mais sobre a “vida privada” da Hydrophis do que sobre qualquer outra espécie desse tipo em no mundo.

    Os resultados foram descritos num periódico científico,  e os pesquisadores ficaram muito gratos pelo trabalho de ciência cidadã das Vovós: “elas transformaram nossa compreensão da abundância e ecologia das cobras marinhas deste ecosistema. É um grande prazer e privilégio trabalhar com elas”, afirmou Goiran em comunicado. Abaixo, você pode ver imagens das Vovós em ação – e das cobras.

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