Sangue de lhamas poderia criar tratamento para Covid-19, diz estudo
Anticorpos desses animais poderiam ser modificados geneticamente para neutralizar o novo coronavírus. Entenda como.
A lista de candidatos a tratamento para Covid-19 é extensa – vai de cloroquina a sangue de lhama. Mas não é que justamente o sangue de lhama está se mostrando mais promissor?
Um estudo de julho publicado na Nature encontrou evidências de que os bichos de fato carregam anticorpos incomuns – capazes de neutralizar o coronavírus.
A partir da lhama Fifi, que vive em Reading, na Inglaterra, cientistas criaram versões geneticamente modificadas desses anticorpos, com o formato exato para se agarrar nas proteínas da “coroa” do coronavírus.
É como se essas células de defesa colocassem um algodão na ponta de um alfinete: com esse adereço em seus espinhos, o Sars-CoV-2 não consegue penetrar nas células humanas, e se torna inofensivo.
A ideia é que a técnica sirva no tratamento de casos graves de Covid-19, impedindo o avanço da doença em pacientes já debilitados. Testes clínicos nos próximos meses devem provar se a tecnologia é mesmo aplicável em larga escala.