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Relatório assinado por cientistas e Mandetta prevê pico de casos entre abril e maio

A análise, publicada hoje (7) na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, prevê a circulação do novo coronavírus até setembro.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 7 abr 2020, 17h20 - Publicado em 7 abr 2020, 16h38
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  •  (Andressa Anholete/Getty Images)

    O atual Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta balançou no cargo nesta segunda-feira (6). Após insinuações de que ele sairia do posto, o ministro disse que vai continuar liderando os esforços federais no combate à Covid-19 no Brasil. Ele é um dos nomes que assina o relatório técnico “COVID-19 no Brasil: Vantagens de um sistema único de saúde na preparação para conter casos”, publicado na madrugada desta terça-feira (7), na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

    O relatório também é assinado por outros pesquisadores do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade do Estado do Amazonas e Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado.

    O documento faz uma retrospectiva da epidemia do novo coronavírus à nível mundial, analisa de como a crise está sendo gerenciada no Brasil e aponta novas previsões que podem ajudar o país a se preparar para os próximos meses. “Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará potencialmente circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio”, diz o relatório.

    Mesmo com as medidas de isolamento social que o Brasil vem tentando implementar, os pesquisadores ainda demonstram preocupação com a disponibilidade de leitos de UTI e ventiladores pulmonares para os casos graves de Covid-19. Alguns hospitais do país já apresentam 40% dos leitos ocupados por pacientes de coronavírus.

    Ele também reforça a importância do isolamento social para a contenção das transmissões e para a futura recuperação da economia. “O isolamento é uma medida que deve ser recomendada cedo para achatar a curva epidemiológica com o mínimo impacto econômico. […] Se o distanciamento social for eficaz limitando o acesso do público apenas a serviços essenciais, o impacto econômico pode ser ser mitigado enquanto a epidemia é controlada”, concluem os autores.

    Todos os estados brasileiros já impuseram medidas de isolamento social, como fechamento de escolas, academias, shoppings e parte do comércio. As medidas mais rigorosas estão sendo aplicadas no estado de São Paulo, que concentra 40% dos casos e 57% dos mortos do país. O governador João Dória estendeu a quarentena obrigatória no estado até o dia 22 de abril.

    O relatório também descreve a atuação do Brasil em crises anteriores, como a H1N1, em 2009, e Zika, em 2015. Apesar dos estados e prefeituras estarem seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde para a contenção do vírus, o estudo afirma que o país poderia ter antecipado medidas caso o risco fosse identificado antes. A OMS considerava a ameaça “moderada” apenas três dias antes de declarar que se tratava de uma pandemia.

    Até o dia 7 de abril, o Brasil contabilizava 667 óbitos e mais de 13 mil casos confirmados da Covid-19.

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