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Por dentro da cabeça dos bebês

Novas pesquisas sugerem que as crianças vêm ao mundo com uma pequena enciclopédia de conhecimentos - sobre física, biologia e até ética. Veja como ela funciona

Por Tania Lopes
Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 16 fev 2013, 22h00

Quando tinha apenas seis meses de vida, o coreano Kim Ung-Yong começou a falar. Aos três, já era fluente também em japonês, alemão e inglês. Aos quatro, entrou na universidade para estudar física e logo depois foi contratado pela Nasa. A australiana Aelita Andre começou a pintar aos nove meses e aos quatro anos já vendia quadros pelo equivalente a R$ 60 mil. Basta uma rápida pesquisa no Google para encontrar bebês que já são capazes de ler alguma coisa aos 12, dez ou até sete meses. Todos esses bebês prodígios são exceções, claro. Mas quando você desconfia que seu filho – ou aquele sobrinho querido – seja esperto demais para um simples neném, pode não ser apenas corujice. Existe muito mais naquela pequena cabeça do que você de fato imagina.

Durante séculos, uma das visões mais populares sobre como funcionaria a mente dos bebês afirmava que ela podia ser descrita como uma “tábula rasa” – uma folha de papel em branco ou um computador sem nenhum programa instalado de fábrica, digamos. Segundo essa crença, a criança recém-nascida teria de aprender literalmente tudo sobre o mundo por meio de estímulos externos, que ela lentamente transformaria em regras sobre como as pessoas e as coisas ao seu redor funcionam. Mas não é bem assim. As últimas décadas de pesquisa indicam que, muito provavelmente, essa visão é equivocada ou, pelo menos, precisa ser relativizada. Continuando com a analogia entre o cérebro e o computador, muito provavelmente nós já chegamos ao mundo com um monte de aplicativos prontos ou semiprontos para “rodar”.

“Mais do que nascer sabendo, o bebê já nasce aprendendo”, diz Maria Stella Coutinho Gil, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pesquisadora sobre comportamento, cognição e desenvolvimento infantil. Os cientistas estão longe de um consenso sobre o que exatamente os bebês já sabem quando vêm ao mundo, mas já há uma massa considerável de dados que desafiam o modelo mais simples da “tábula rasa”. Os domínios de conhecimento dos pequenos humanos – ou ao menos a aptidão natural deles para absorver rapidamente certos tipos de conhecimento – incluem áreas tão diferentes quanto a física, a linguística, a biologia e até uma forma rudimentar de ética.


Evolução, técnica e creche

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Para entender por que só agora os pesquisadores começaram a se dar conta das capacidades que trazemos de berço, é preciso entender três pequenas revoluções: uma conceitual, outra tecnológica e, finalmente, também uma social.

A primeira tem a ver com a feliz união entre duas áreas de pesquisa: a teoria da evolução e a psicologia. Os especialistas modernos estão levando em consideração com mais frequência a ideia de que as capacidades mentais básicas dos seres humanos não são só uma criação das diferentes culturas do mundo, mas se baseiam numa arquitetura cerebral que foi moldada pela evolução – e que, inclusive, existe em outros animais com os quais compartilhamos ancestrais comuns.

Se os grandes macacos, como chimpanzés e gorilas, também mostram um senso rudimentar de justiça e de empatia nas suas relações sociais, é menos provável que a cultura humana tenha inventado, sozinha, o famoso “não façais aos outros o que não quereis que vos façam”.

Além do mais, há também a questão do risco e do custo de ter de aprender um comportamento, em vez de já estar evolutivamente preparado para desenvolvê-lo diante dos estímulos apropriados. A ideia é que os conhecimentos realmente essenciais para a sobrevivência deveriam ser “pré-programados” o mais cedo possível, até porque seria muito difícil aprendê-los totalmente do zero apenas com base em estímulos externos – um argumento que parece fazer bastante sentido no caso do aprendizado da linguagem, como veremos a seguir.

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No caso da revolução tecnológica, o grande problema que existia antigamente é que… ao contrário dos prodígios citados no início dessa reportagem, bebês em geral ou não falam ou só estão começando a falar. Também não sabem escrever, infelizmente. E coordenação motora não costuma ser o forte deles. Por outro lado, para o azar dos interessados em entender a mente dos infantes, a pesquisa em psicologia sempre dependeu basicamente da aplicação de questionários orais ou por escrito (“o que o sr. sente vendo essa imagem de mulher bonita de biquíni?”) ou de experimentos nos quais a reação das pessoas a um determinado contexto é medida (do tipo “mulher de biquíni, que na verdade foi contratada pela equipe de pesquisa, passa por homem casado e dá uma piscadinha”).

Por sorte, foram criadas e aperfeiçoadas tecnologias como a do eyetracking, ou rastreamento ocular, no qual é possível saber para que lado de uma tela ou de uma imagem a pessoa está olhando, e por quanto tempo ela mantém o olhar fixo naquele lugar. Bebês, nesse ponto, são iguais aos adultos: ficam olhando mais tempo para coisas interessantes e surpreendentes. Só resvalam o olhar em coisas desinteressantes e corriqueiras, e isso ajuda a medir o que chama a atenção de uma criança pequena. Esses estudos comportamentais são tão fáceis de serem aplicados que são usados até com outros primatas menos inteligentes do que nós.

E não para por aí. Recentemente, também surgiram maneiras de medir até a intensidade com que um bebê suga uma mamadeira ou uma chupeta. E essa força, aparentemente desinteressante para os adultos, pode na verdade dizer muito sobre os pequenos: o bebê tende a sugar mais diante de coisas surpreendentes, interessantes ou simplesmente legais. Por fim, aumentaram também as tecnologias capazes de medir diretamente a atividade cerebral de qualquer pessoa, inclusive dos pequerruchos – embora, decididamente, nem todos eles se sintam confortáveis com um monte de eletrodos grudados na cabecinha.

Ah, sim, e as mudanças sociais, que nas últimas décadas não foram poucas. Uma das mais importantes delas para a ciência nesse campo foi a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho a partir dos anos 80. Os bebês passaram a se separar das mães cada vez mais cedo – mesmo que só por algumas horas diárias – e interagir mais com seus pares. Assim, os cientistas puderam estudar melhor o que acontece durante essa interação. E fizeram grandes descobertas. Como a de que bebês de oito ou nove meses já têm empatia. Observaram que, quando um bebê chora, outro é capaz de se dirigir até ele e fazer festinha para que ele fique contente, ou acariciar sua cabeça. Ele sente na pele e sabe muito bem como é duro ser um bebê.


Bichinhos morais?
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Não é só fofura. O desempenho surpreendentemente complexo dos bebês nos quesitos empatia e interação social também parece ter relação com o que poderia ser descrito como uma forma rudimentar de moralidade. De acordo com a psicóloga Débora de Hollanda, professora e pesquisadora da UFSCar, há evidências recentes de que bebês conseguem discriminar quem age de forma pró-social (ajudando outros) e os que agem ao contrário (prejudicando outros), demonstrando preferência pelos primeiros.

Como diabos os cientistas sabem disso? Usando a boa e velha técnica do desenho animado. Experimentos clássicos nesse sentido foram realizados pelo casal de psicólogos Paul Bloom e Karen Wynn, da Universidade Yale (EUA), junto com sua colega Valerie Kuhlmeier.

Eles expuseram grupos de bebês com nove meses e um ano de idade a uma série de desenhos animados com personagens. Na verdade, simples formas geométricas, para separar o efeito das ações dos personagens de sua aparência física – caso um deles fosse mais bonitinho que o outro do ponto de vista das crianças, por exemplo. Eram desenhos com histórias como a de uma bola que está tentando, com muito esforço, subir um morro. Seu “amigo” quadrado vai lá e dá uma forcinha, ajudando a coitadinha a chegar ao topo. Só que aí aparece o triângulo “malvado” e dá um peteleco na bola, fazendo-a descer de novo tudo que tinha escalado. O final do desenho (e a parte crucial do experimento) envolve uma interação entre a bola e os outros personagens, que pode variar – às vezes ela interage com o quadrado, às vezes com o triângulo.

“O que descobrimos é que, estatisticamente, os bebês olham mais tempo para a tela quando assistem um filme no qual a bola escolhe se aproximar do objeto que a atrapalhou”, conta Bloom. O que mostra que elas parecem julgar a escolha um tanto esquisita. Em outro experimento da mesma universidade, depois de assistir ao vídeo, as crianças podiam escolher com que bonecos dos personagens gostariam de brincar. Resultado: tendem a abraçar o bonzinho e rejeitar o malvado.

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Em artigo para o New York Times, Bloom chega até a descrever a cena engraçadíssima de um menino de um ano dando uns cascudos no malfeitor, “fazendo justiça com as próprias mãos”, como ele diz. (O que não é de todo inesperado: um dos repórteres que escreveu essa reportagem certa vez levou um safanão de uma garotinha da mesma idade, que tentava “proteger” seu priminho chorão, um mês mais novo, do “sofrimento” de ter sua fralda trocada.)

Outro experimento recente, da Universidade de Washington, em Seattle (EUA), e publicado em outubro do ano passado na revista científica PLoS One, trouxe pistas de que os rudimentos éticos das crianças podem ir além de apenas rejeitar figuras mais agressivas. Nesse estudo, as crianças pareceram levar em conta um dos mecanismos básicos do que chamamos de justiça: a igualdade. Funcionava assim: meninos e meninas com idade média de 15 meses, num total de 50 crianças, assistiam a mais um daqueles famosos filminhos, dessa vez mostrando uma dupla de adultos que recebem pratos com biscoitos. Em uma cena, ambos os adultos ganhavam a mesma quantidade de guloseimas, enquanto em outra, os biscoitos eram divididos de maneira desigual. Aqui, o teste era o de atenção – e, conforme o previsto, as crianças olhavam mais fixamente para a cena da desigualdade (chocadas com a injustiça, talvez?).

Na sequência, os cientistas submeteram as mesmas crianças a um tipo diferente de teste. Primeiro, um experimentador que as crianças já conheciam entrava numa sala com dois brinquedos nas mãos e sugeria que as crianças escolhessem um deles. Feita a escolha pelo brinquedo preferido, as crianças recebiam os dois, e o experimentador conhecido saía. Fase dois: outro cientista, desta vez desconhecido, aparecia e perguntava se podia pegar um dos presentes.

Era a hora da verdade, e a meninada não se saiu mal. Um terço delas emprestava ao cientista o brinquedo preferido; outro terço fazia o mesmo com o outro brinquedo; e só um terço se recusava a fazer o empréstimo. Retomando o que aconteceu no experimento anterior, as crianças que topavam ceder seus brinquedos também eram as com mais tendência a se surpreender diante da divisão desigual dos biscoitos.

Todos esses achados são fascinantes, e parecem fazer sentido em conjunto, mas Débora de Hollanda lembra que se trata de uma área de pesquisa ainda em sua infância (sem trocadilhos). “Atribuir um senso de moralidade a crianças tão pequenas é considerado ousado demais para alguns cientistas. Por isso ainda não há consenso sobre como interpretar esses novos dados de pesquisa”, afirma a psicóloga da UFSCar.

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Little Newton

Outro elemento crucial da nossa lista também contraria o que se achava tradicionalmente sobre as capacidades dos bebês. Um dos patriarcas do estudo da cognição infantil, o suíço Jean Piaget (1896-1980), costumava explicar a surpresa e o deleite das crianças pequenas com aquelas brincadeiras de “achou!” (quando o adulto se esconde e aparece de repente) por meio da ideia de “permanência de objeto”.

O termo refere-se à capacidade de saber que uma coisa não deixa de existir quando ela sai do nosso campo visual. Piaget acreditava que as crianças pequenas não tinham permanência de objeto – para elas, ver um adulto se esconder atrás de uma cortina e reaparecer seria o mesmo que ver o sujeito deixar de existir e voltar à existência logo depois. E o mesmo valeria para o comportamento físico normal dos objetos em geral – a criança não teria nenhuma expectativa prévia a respeito deles.

Mas experimentos testaram essa hipótese de forma mais rigorosa. Uma das líderes nesse campo é Elizabeth Spelke, da Universidade Harvard. O que ela fez foi mostrar a bebês dois tipos de cenas – um em que objetos do cotidiano, como caixinhas e carrinhos, comportam-se de acordo com as leis da física, e outro em que fazem maluquices como ficarem suspensos no ar quando o apoio embaixo deles é retirado, em vez de despencarem. Você provavelmente já intuiu o resultado: mesmo crianças de seis meses de idade olhavam surpresas para objetos que desafiavam as leis de Newton.

Da mesma maneira, a matemática mais básica – saber que, quando você tem dois objetos e tira um deles de cena, o certo é sobrar um, não zero ou dois – também parece ser dominada pelos infantes de seis meses, desta vez em experimentos realizados por Karen Wynn em Yale. Quando seu filhote estiver quebrando a cabeça com equações de segundo grau na sétima série, portanto, você já tem a frase motivacional perfeita (embora inexata): “Você vai aprender, filho. Tá no sangue”.

 

O instinto da linguagem

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Esse é o título de um livro célebre do psicólogo canadense Steven Pinker, da Universidade Harvard (EUA), e resume o que uma série de pesquisas tem mostrado: embora ninguém aprenda a ler e a escrever sem ser ensinado (formal ou informalmente), todos aprendemos nossas línguas maternas com imensa facilidade. E isso se deve a um instinto, ou talvez a um “módulo” mental da linguagem, que já vem pronto de berço.

Um dos argumentos mais gerais em favor dessa ideia é o da chamada pobreza de estímulo, e não é difícil de entender. A questão é que ninguém ensina gramática ou sintaxe às crianças, mas mesmo assim elas aprendem maravilhosamente bem a(s) língua(s) falada(s) por seus pais e coleguinhas. É como se a cabecinha delas viesse preparada com uma capacidade fantástica de abstrair regras linguísticas a partir de frases faladas.

Dá para exemplificar bem esse fato com dois bebês muito conhecidos destes repórteres, os priminhos Miguel e Heloísa (ou Lolô, para os íntimos). Quando tinham cerca de dois anos de idade, desandaram a falar (a Lolô antes, o que de fato costuma se dar no caso das meninas). Num de seus rompantes típicos de precocidade linguística e prazer em mandar nos outros, ela resolveu dar um sermão no Miguel, imitando o que os adultos estavam dizendo momentos antes: “Miguel, não pode, eu sou criança, você é crianço”.

Muito provavelmente o leitor já escutou esse tipo de coisa. O interessante aqui não é o fato de a Lolô ter cometido um erro de português, mas sim o fato de, sozinha e sem instrução formal, só de ouvir outras pessoas falarem, ela ter conseguido formular uma regra abstrata do seu idioma materno, que poderíamos resumir como: “Para fazer o feminino, acrescente um a no final da palavra; para o masculino, coloque um o.

Tudo indica que, embora o conteúdo linguístico varie de cultura para cultura – nossas crianças aprendem a separar os substantivos em masculino e feminino, assim como os chineses diferenciam palavras por “tons” semelhantes aos da música, e por aí vai -, as categorias linguísticas básicas, que fazem uma língua funcionar, são mais ou menos as mesmas, de maneira que as crianças “sugam” naturalmente o idioma para dentro de seus cérebros.

 


Como treinar seu gênio

OK, é ótimo saber que o seu filhote provavelmente tem conhecimentos inatos de física, biologia e até de filosofia moral. Mas o que fazer para que o pequerrucho desenvolva ao máximo essas potencialidades o mais cedo possível? Uma das principais dicas, garantem especialistas, começa na fala. Na verdade, até um pouco antes. Sabe aquele famoso “mamanhês” – a linguagem específica entre mãe e bebê caracterizada por grunhidos e sons desconexos em forma de conversa? Apesar de esquisito para quem vê de fora, ele só ajuda. “Quando o bebê começa a grunhir, querendo ‘conversar’, a mãe espera que ele termine e responde ao grunhido da mesma forma, estabelecendo a comunicação”, diz a psicóloga Maria Stella Coutinho Gil. O resultado disso? “Com o passar do tempo, a mãe se torna mais exigente em relação à pronúncia das palavras quando o bebê começa a falar, contribuindo para o desenvolvimento da linguagem”, diz.

Entre os dois e os três anos de idade, dá até para pensar em apresentar uma segunda língua à criança. Embora, nessa faixa etária, a criança conheça menos palavras do que um adulto, em um curto período de tempo ela compensa essa falta de vocabulário com uma fluência melhor.

E para estimular a linguagem, o melhor é desligar a TV sempre que puder e conversar com seu filho. Apesar de toda a propaganda, nenhuma daquelas séries de DVDs que prometem estimular a inteligência de bebês se provou eficaz. Sim, parece uma orientação de tia velha, mas esse tem sido o consenso entre os especialistas, que motivou até um relatório da Associação Americana de Pediatria no ano passado. Ele reforçou a recomendação do boicote à televisão – idealmente, nenhuma hora diante da tela por dia – para crianças com menos de dois anos.

A justificativa é simples: uma série de estudos mostra que ficar diante da TV, mesmo se o programa for supostamente educativo, atrapalha um pouco o desenvolvimento da linguagem e da coordenação motora das crianças. A culpa não é exatamente da tela, tampouco da programação. Mas do que acontece quando ela é ligada: os pais conversam menos com os bebês. E é essa conversa o fator crucial para a criança desatar a falar. “O maior problema da TV é que ela toma o tempo em que a criança deveria estar brincando ou conversando com um adulto”, afirma a pedagoga Roberta Golinkoff, da Universidade de Delaware, nos EUA. Com a diversão passiva, o bebê tem menos incentivo para brincar com objetos, com outras pessoas e com o próprio corpo.

Aliás, para estimular o desenvolvimento do ponto de vista motor, não há muito segredo: deixe o bebê interagir o máximo possível com o mundo, movimentar-se, sentir texturas e formas, ver objetos – reais, não apenas eletrônicos – em movimento. E saiba também a hora de não estimular o pequeno. Crianças ou bebês já sabem demonstrar os limites para os estímulos. Não insista em brincadeiras das quais demonstram não estar gostando. Seu filho pode até ser um verdadeiro gênio, mas não precisa começar a falar aos seis meses para provar que é inteligente. Cada coisa a seu tempo.

Para saber mais
Child: how children think, learn and grow in the early years; Desmond Morris, Hamlyn, 2010.
The Philosophical Baby; Alison Gopnik, FSG, 2009.

 

 

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