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Os gatos ficam “chapados” com catnip?

A famosa “erva do gato” deixa os bichanos meio estranhos, como se estivessem drogados. Entenda o que realmente acontece no cérebro deles.

Por Maria Clara Rossini
13 nov 2019, 18h33 • Atualizado em 27 Maio 2021, 14h45
  • Se você é pai ou mãe de gato, provavelmente já se deparou com uma ervinha interessante nas prateleiras de pet shops. Em inglês, ela é conhecida como catnip, mas por aqui se chama erva do gato. Os donos colocam essa planta na ração ou em brinquedos para acalmar os pets.

    O interessante é o efeito que a erva tem nos bichos, que lembra a maconha ou outras drogas em humanos. Ela deixa os gatos saltitantes, brincalhões, mais ativos e bem engraçados. Depois que o efeito passa, eles normalmente relaxam e dormem.

    https://www.youtube.com/watch?v=-0bIsDGTHOo

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    Mas a erva do gato não tem nada a ver com maconha. Ela é uma planta chamada Nepeta cataria (da mesma família do orégano e do manjericão), que libera nepetelactona, o composto responsável por atiçar os gatos quando eles cheiram a planta.

    A molécula entra em contato com com receptores nos focinhos dos gatos, que por sua vez mandam uma mensagem para o cérebro. Dentre outras áreas, a nepetelactona altera principalmente o hipotálamo, responsável por regular as emoções do bicho. Isso gera as alterações de comportamento que os donos podem observar.

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    Mas o que acontece dentro do cérebro? Os cientistas não conseguem afirmar se o mecanismo é o mesmo das drogas em humanos, mas existem algumas pistas. Alguns estudos sugerem que a molécula atua nos receptores opioides, os mesmos que incorporam substâncias derivadas do ópio. Elas são usadas para diminuir a dor, mas também podem gerar euforia quando ingeridas em grandes quantidades.

    A naloxona é um composto capaz de bloquear esses receptores. “Quando os gatos inalam a erva e em seguida recebem naloxona, eles param de se comportar de maneira eufórica, o que indica que o efeito pode estar nos receptores opioides” diz o pesquisador Bruce Kornreich, da Universidade Cornell, em entrevista ao LiveScience.

    A maioria dos gatos é suscetível aos efeitos da erva. Estima-se que de 70% a 80% deles apresentem comportamentos bizarros depois de cheirar. E eles não são os únicos. Outros felinos, como leopardos e leões, também se sentem tentados pelo cheiro. A erva é usada como isca por caçadores para atrair os animais.

    Apesar de a erva ter efeito parecido ao de uma droga, não há nada que mostre que ela faça mal para a saúde do gato se utilizada com moderação. A erva também não vicia e nem cria tolerância — ou seja, não há perigo de o seu gato assaltar sua carteira para comprar cada vez mais erva.

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