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O nível do mar nunca subiu tão rápido desde a fundação de Roma

Se não fosse o aquecimento global, o volume do mar poderia ter até mesmo diminuído

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 09h18 - Publicado em 24 fev 2016, 12h15

O aquecimento global está elevando o volume do mar a uma velocidade que não ocorria há milênios. Um novo estudo produzido por uma parceria entre universidades europeias e asiáticas aponta que nos últimos 2.800 anos nossos oceanos nunca subiram tanto.

O estudo utilizou as marcas que o mar deixa nas coisas que o cercam. Corais, pedras e resquícios arqueológicos foram analisados para que os pesquisadores conseguissem determinar sua idade, período de contato com o oceano, e consequentemente qual o volume do mar durante esse período. É uma espécie de impressão digital marítima. “Já haviam estudos antigos que visavam prever o volume do mar, mas nós somos os primeiros a produzir um registro global sobre o nível dos oceanos”, afirmou ao site americano Mashable, Ben Horton, um dos responsáveis pelo projeto.

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A pesquisa aponta que entre 800 a.C. e 1900 d.C., o volume do mar avançou 8 centímetros em relação a terra, e que só no século 20 essa expansão quase dobrou: após a revolução industrial, o volume do mar cresceu em 14 centímetros.

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E esse não é o curso natural das coisas. A pesquisa mostra que, caso não estivéssemos em processo de aquecimento global, os mares não subiriam mais do que 7 centímetros – e poderiam até mesmo ter recuado 3 centímetros.

Além de causar a morte de animais no Ártico, o aumento do nível marítimo já vem mostrando suas consequências. Um estudo produzido pela ONG Climate Central, mostrou que 78% das enchentes que aconteceram entre a partir de 1950, nos Estados Unidos, não ocorreriam se o planeta não estivesse esquentando. Outra pesquisa, coproduzida pelo vice-presidente da Climate Central, Ben Strauss, aponta que se parássemos hoje de emitir gás carbônico, ainda sim estaríamos propícios a ver os oceanos subirem até 1,6 metro. Strauss afirma que as emissões já produzidas pelo homem na pós-revolução industrial podem mostrar seu impacto ao longo dos próximos séculos. 

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