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O Mar Negro está turquesa

Tudo culpa do fitoplâncton. O fenômeno acontece quase todo ano, mas desde 2012 não se vê uma cor tão bonita.

Por Guilherme Eler
20 jun 2017, 17h03

Primeiro, é bom dizer: o Mar Negro não é negro – normalmente é azul-escuro. Mas ele anda turquesa nas últimas semanas. Tudo culpa do fitoplâncton. De tão pequenas, as algas e bactérias que compõem o fitoplâncton são invisíveis fora do microscópio. Sua influência nos ambientes marinhos, no entanto, pode ser vista até do espaço. Foi de lá mesmo que a Nasa fez a foto que você vê acima, captada por satélite no fim de maio. A mancha turquesa na imagem é nada menos que o Mar Negro, porção de água salgada incrustada no leste europeu que se torna naturalmente colorida em certos períodos do ano – com a ajuda dos micro-organismos marítimos da região.

O fitoplâncton consegue seu alimento de duas formas: usando a luz do sol na fotossíntese ou absorvendo nutrientes dispersos na água. Nesse segundo quesito, a região do Mar Negro é um prato cheio. Isso porque o marzão é alimentado pelos rios Danúbio e Dniepre, dois dos maiores do leste europeu. A partir deles, o Mar Negro recebe uma boa quantidade de detritos, que os micro-organismos usam para crescer adoidado – e pintar as águas também, só pela estética.

Mas esse turquesa da foto surge por causa de um tipo específico de fitoplâncton. A obra de arte é assinada pelos cocolitóforos, algas marinhas unicelulares bastante comuns por lá. Fãs de águas mais quentes e paradas, essas micro-algas são revestidas naturalmente com uma cobertura de carbonato de cálcio. Quando agregadas aos milhões, sua carapaça esbranquiçada ajuda a conferir ao mar essa textura embaçada. Vista de cima – do espaço sobretudo – a mistura do azul-esverdeado das águas com o branco do fitoplâncton resulta em um incomum turquesa.

Apesar de o fenômeno acontecer quase todos os verões, o brilho do Mar Negro está especialmente bonito este ano. Segundo cientistas da Nasa, esse tom de azul-esverdeado é o mais intenso registrado desde 2012. E, segundo previsões, a cor deve ficar ainda mais incrível em breve: o auge do brilho virá com o solstício de verão – que, no hemisfério norte, acontece amanhã, 21 de junho.

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