Novo satélite russo pode brilhar mais do que a Lua
O Mayak é um satélite que tem como único objetivo brilhar
Tá vendo aquela Lua que brilha lá no céu? Pois é, se depender de um grupo de russos, o brilho dela nem vai se comparar ao de um novo satélite amador. Chamado de Mayak, o projeto é simplesmente lançar um objeto artificial que consiga reluzir mais do que as estrelas de verdade. E o governo de Putin já aprovou a ideia.
“Mayak” é palavra russa para “farol”, mas ele está mais para espelho. O objeto não tem luz própria, ele reflete a luz do sol para conseguir se destacar em meio ao céu escuro – exatamente como a Lua faz. Além disso, o satélite, que mede 16m² e tem forma de pirâmide, fará um trajeto a 600 km de altura que o tornará visível de qualquer parte do mundo. Mesmo que seu céu esteja poluído ou nublado, você conseguirá localizá-lo precisamente com o auxílio de um aplicativo. Para tudo isso dar certo, o Mayak ainda contará com um sistema que o fará desviar do lixo espacial.
Para viabilizar a ideia, estudantes da Universidade de Moscou tentaram levantar dinheiro com a colaboração de internautas. Colocaram o projeto no BoomStarter, o KickStarter russo, para arrecadar 1,5 milhão de rublos (cerca de R$ 80 mil). Deu mais que certo: eles já conseguiram R$ 97 mil, e ainda têm oito dias para acabar o prazo de arrecadação.
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A agência espacial russa, a Roscosmos, já afirmou que apoia o projeto e que pode levar o Mayak a bordo do Soyuz-2, foguete russo que será lançado em julho. “Nós trabalhamos seriamente com universidades e, apoiando projetos como o Mayak, aumentamos a motivação para que estudantes trabalhem, futuramente, com empresas russas espaciais”, afirmou um porta-voz da Roscosmos, ao site Sputnik News.
O projeto ainda prevê uma réplica do satélite para exposição no Museu Cosmonauta de Moscou, e um estudo que visa uma nova técnica para a aterrisagem de satélites, na volta para a Terra. “Nós queremos mostrar que exploração espacial é algo emocionante e interessante e que hoje isso é acessível para qualquer um que esteja interessado”, afirmou Alexander Shaenko, um dos responsáveis pelo projeto, também ao Sputnik.
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