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Microplásticos são encontrados em todos os testículos humanos analisados em estudo

Em cães, a maior concentração de plástico PVC está relacionada a menor quantidade de esperma.

Por Caio César Pereira
25 Maio 2024, 19h00

Os microplásticos são encontrados praticamente em qualquer lugar no mundo.  Nesse bingo da onipresença, sabemos que eles estão na placenta humana, sítios arqueológicos antigos e até mesmo no topo do Monte Everest. Desta vez, eles foram encontrados em testículos humanos e caninos.

O estudo, publicado no Toxicological Sciences e realizado por pesquisadores da Universidade do Novo México, nos EUA,  analisou 23 testículos de homens e 47 testículos de cães. Foram encontradas partículas de plástico em todas as amostras.

“No começo, duvidei se os microplásticos poderiam penetrar o sistema reprodutivo. Quando recebi os primeiros resultados dos cães, fiquei surpreso. Fiquei ainda mais surpreso quando recebi os resultados dos humanos”, conta ao The Guardian Xiaozhong Yu, professor da Universidade do Novo México e um dos autores do estudo.

Os testículos humanos examinados foram obtidos por meio de autópsias em 2016, com corpos de homens entre 16 e 88 anos.  Já os dos cães foram obtidos em clínicas veterinárias após operações de castração.

O método de obtenção influenciou na contagem de esperma. Como estavam preservados, a contagem de esperma nos testículos humanos não pôde ser medida. Mas a dos cães, sim: as amostras que tinham uma maior concentração do plástico PVC (policloreto de vinila) apresentavam menor quantidade de esperma.

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A quantidade de plástico encontrada nos testículos humanos foi ainda maior. Enquanto os cães apresentavam uma concentração de 123 microgramas de plástico por grama de tecido, os homens tinham uma concentração de 330 microgramas. A maior parte era derivada de polietileno, o plástico usado em garrafas, sacolas, embalagens e etc.

Mais estudos são necessários para confirmar a relação entre a presença de microplásticos, redução da quantidade de esperma e infertilidade – mas é certo que eles afetam a fisiologia do corpo. Apesar dos efeitos no corpo humano ainda não serem totalmente compreendidos, sabemos que as partículas podem se alojar nos tecidos e causar inflamação.

Os pesquisadores acreditam que o impacto dos microplásticos na geração de homens mais jovens pode ser ainda mais preocupante, já que entramos em contato com cada vez mais plástico. “O PVC pode liberar muitos produtos químicos que interferem na espermatogênese e contém produtos químicos que causam disrupção endócrina”, completa Yu.

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