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Fósseis revelam três espécies extintas de mamíferos que põem ovos

Descobertas foram feitas na Austrália, único lugar do mundo onde ainda é possível encontrar mamíferos ovíparos.

Por Caio César Pereira
29 Maio 2024, 19h00

Após uma análise em fósseis encontrados no Museu Australiano em Sydney, um grupo de paleontólogos classificou três novas espécies de mamíferos ovíparos – ou seja, aqueles que põem ovos. 

Os fósseis pertencem a uma ordem de mamíferos chamada de monotremados, cuja principal característica e diferencial para outros mamíferos é a capacidade de colocar ovos. Os animais monotremados foram um dos primeiros grupos de mamíferos a surgirem no planeta, marcando a transição dos répteis para os mamíferos. 

Hoje, existem somente dois exemplares desse grupo: ornitorrincos e os equidnas, que se encontram somente na Austrália e Nova Guiné. De acordo com os autores do novo estudo, os fósseis encontrados representam os primeiros indícios da era dos monotremados.

As descobertas foram publicadas no Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology, e descrevem três novas espécies: Opalios splendens, Dharragarra aurora e o Steropodon galmani.  Todos eles foram identificados em nove fósseis que datam de 100 milhões de anos.

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Todos os fósseis foram coletados na década de 1980 na cidade de Lightning Ridge, em Nova Gales do Sul, na Austrália, e estavam preservados na coleção do museu até serem finalmente estudados e classificados. (Essa, aliás, é uma prática relativamente comum na paleontologia)

Os fósseis estavam preservados em minérios de opala. Há 100 milhões de anos, quando os fósseis foram formados, a região de Lightning Ridge era uma área florestal e pantanosa, ainda no supercontinente Gondwana.

O estudo pode ajudar os paleontólogos a entenderem a evolução do grupo dos monotremados – e quando foi que os ornitorrincos e as equidnas atuais divergiram do ancestral comum. O Opalios splendens, por exemplo, compartilha algumas características com as duas espécies atuais, como a detecção de campos elétricos (no caso dos ornitorrincos), e o formato do bico e da mandíbula (como nas equidnas).

As outras espécies de monotremados encontrados por lá já haviam sido classificados antes, e pelo menos quatro delas foram identificadas a partir de um único fragmento de opala fóssil. Isso indica que a região de Lightning Ridge possui uma maior diversidade de mamíferos monotremados do que se imaginava.

“Em Lightning Ridge vemos monotremados com dentes [que estão ausentes nos monotremados modernos]. Leva 40 milhões de anos para originar uma família de mamíferos, então essas descobertas indicam que já houve uma longa profundidade de evolução em Lightning Ridge”, conta à revista New Scientist Kris Helgen, pesquisador no Museu Australiano e um dos autores do estudo.

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