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Fósseis encontrados na Argentina podem pertencer ao maior dinossauro já descoberto

De acordo com os pesquisadores, os ossos remetem a um saurópode que pode ter ultrapassado o tamanho dos maiores dinossauros da Terra, com mais de 30 metros de comprimento.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 9 jan 2023, 21h57 - Publicado em 18 jan 2021, 18h54

Arqueólogos do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica da Argentina (CONICET) encontraram fósseis que podem pertencer ao maior animal terrestre que já habitou o planeta. A descoberta foi feita em uma escavação na província de Neuquén, na Patagônia Argentina, e relatada na revista científica Cretaceous Research.

O animal em questão pertence ao grupo dos saurópodes, dinossauros de pescoço e caudas longas que habitaram todos os continentes da Terra. Essa ainda é uma das poucas informações obtidas pelos pesquisadores. Até o momento, eles desenterram 24 vértebras e alguns ossos pélvicos do gigante, estimando a partir daí o tamanho dele.

Os cientistas ainda não podem afirmar a qual espécie pertence o fóssil encontrado, mas compararam os ossos com outras já conhecidas. Eles sugerem que seu parente mais próximo seja o Andessauro, um tipo de titanossauro que habitou a América do Sul no período Cretáceo. Os Andessauros podem chegar a 18 metros de comprimento, mas análises dos fósseis indicam que o novo animal ultrapassa esse tamanho com facilidade.

O tamanho do bicho seria mais próximo, ou até superior, ao dos dinossauros Patagotitan e Argentinossauro, que também foram encontrados na Argentina e são considerados os maiores seres terrestres do mundo. O Patagotitan, que foi descrito pela primeira vez em 2014, possuía mais de 31 metros de comprimento e pesava quase 60 toneladas. O Argentinossauro, por sua vez, é conhecido desde 1990. Pesquisas sugerem que seu comprimento alcançava os 35 metros e seu peso variava entre 60 e 90 toneladas. 

Ainda não é possível cravar com precisão qual seria a altura do novo animal, mas não foi só o tamanho que impressionou os pesquisadores. Ao que parece, o gigante dividiu o habitat com saurópodes muito menores, como os pertencentes ao grupo dos rebbachisaurídeos, que tinham cerca de 10 metros de comprimento. Apesar de os dois animais serem herbívoros, eles tiveram que ocupar nichos ecológicos distintos, relativos aos seus tamanhos, onde fica hoje a Província de Neuquén. 

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As vértebras e ossos pélvicos encontrados até agora não são suficientes para afirmar se o dinossauro pertença a uma nova espécie. Ao mesmo tempo, as diferenças morfológicas descritas até então também não permitem que os fósseis sejam atribuídos a um gênero já conhecido. As escavações na Argentina continuam em andamento e é possível que, em breve, tenhamos um novo membro na família de dinos latino-americanos.

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