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Exorcismo – Como mandar o além embora?

De reza brava a espancamento, conheça as técnicas religiosas para livrar os fiéis dos demônios

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 28 Maio 2012, 22h00

O SHOW DA LIBERTAÇÃO
Nas igrejas neopentecostais, são comuns os cultos (com eventuais sessões de exorcismo) televisionados: a Universal do Reino de Deus tem espaço durante as madrugadas na Record.


1. O cenário
As chamadas “sessões de descarrego” reúnem muitos fiéis, que rezam com fervor, ao som de acordes de teclado em último volume. A luz baixa ajuda a compor o clima da cerimônia.

2. Cadê o possesso?
Os obreiros (auxiliares dos pastores) rondam os corredores em busca de fiéis mais exaltados. Às vezes, seguram a pessoa tonta pela cabeça e fazem-na girar, berrando coisas como “Eu ordeno, se manifeste!”.

3. Implacável
Para conter seus demônios, alguns fiéis são derrubados, forçados a se ajoelhar no chão, amarrados… Vale até puxar o cabelo do possuído, se preciso.

4. Paredão
Os “privilegiados” são levados a dar show no palco. Os pastores perguntam “a graça” (nome) do demônio e os males que ele causa na vida do fiel possuído. Desemprego, doenças e rusgas familiares seriam obra do diabo.

5. Enfim, livre
O demônio é expulso com frases como “Queime agora!”, “Sai, sai!”. A glória de Deus coroa a libertação, nas falas do pastor (“Agora você está liberto em nome do Senhor!”) e ao ritmo das orações do coro de fiéis.

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4 SINAIS DO POSSUÍDO A Igreja Católica tem um método para identificar casos “reais” de possessão, sem confundi-los com distúrbios psíquicos. O Ritual de Exorcismos e Outras Súplicas, editado pelo Vaticano e lançado no Brasil em 2005, descreve os quatro sinais do possuído: uso de línguas desconhecidas, domínio de informações estranhas e improváveis, força descomunal e aversão ao sagrado. O exorcismo só é feito na presença de familiares e amigos, que rezam enquanto o padre recita o evangelho, borrifa água-benta, mostra a cruz e ordena que o demônio saia.

SACODE, EGUM!
Para espantar eguns (espíritos que atormentam os vivos), os umbandistas têm três rituais: descarrego, desobsessão e sacudimento. No primeiro, um pai de santo possuído por um guia (preto velho ou caboclo) faz passes para a pessoa perturbada, em meio a velas, orações e queima de ervas. A desobsessão é uma conversa com a entidade, para convencê-la a ir embora. Já o sacudimento é uma cura pela purificação do espírito do possuído. Pode rolar ao ar livre, na natureza. Há oferendas de comida e flores, e exus (espíritos protetores) podem ser convocados a ajudar.

VAI SAIR NA CONVERSA OU NO TAPA?
É recitando trechos do Alcorão, como “Por Alá, saia deste corpo e não retorne jamais!”, que os exorcistas islâmicos libertam os possessos. As passagens do livro sagrado teriam significados ocultos, que indicariam a presença direta de Deus no escrito. Em casos extremos, vale o espancamento: isso deve cansar o demônio teimoso e fazê-lo ir embora.

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LÁBIA NELES No espiritismo, basta uma boa conversa com o encosto. Nem sempre é necessária a presença do possuído, pois é possível cuidar do assunto numa sessão à distância: o espírito perturbado se comunica pela voz do médium. Em alguns casos extremos, o possuído precisa comparecer para receber um passe (canalização de energia que ajuda a promover o “desencosto”). Convencido, o espírito chato vai embora.

PACIÊNCIA ORIENTAL
No budismo, os espíritos que nos atormentam não são demonizados – eles são vistos como seres que sofrem de ódio e, portanto, precisam de consultas de sabedoria e compreensão. Nos rituais, nada de expulsar, machucar ou prender o espírito. A própria meditação é uma forma de acalmar os ânimos dele, em diálogo mental. Cerimônias para purificar o corpo, a mente e a alma são realizadas por monges ou mestres espirituais budistas. Geralmente, incluem entoação de escrituras protetoras e mantras especiais, incensos, oferendas de alimentos, flores e lamparinas.

 

 

 

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