O Instituto Americano de Saúde quer voltar a financiar pesquisas que injetam células humanas em embriões animais.
A ideia é criar bichos com órgãos semi-humanos para diminuir a fila de transplantes ou com cérebros parecidos com o nosso para testar remédios contra doenças como o Parkinson.
Ninguém sabe ainda o resultado dessas pesquisas. “O organismo resultante pode carregar uma modificação benéfica ou maléfica e, por exemplo, sofrer de intensa dor”, diz Eugenia Costanzi-Strauss, professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.
Uma das grandes preocupações é que as células humanas acabem chegando ao sistema nervoso do hospedeiro, onde podem afetar o comportamento e ganhar características parecidas com as humanas.
Misturar células nossas com outros primatas segue sendo proibido. “Células primatas são muito parecidas entre si. Os resultados são menos precisos”, explica a professora Irene Yan, também do ICB.
Outro problema é fazer com que os seres sobrevivam: até hoje, nenhum embrião misturado chegou a nascer.
Fonte: National Institute of Health