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Conheça a rara e mortal coral-azul, a mais bela das cobras

A toxina da serpente asiática paralisa e mata suas presas em segundos, mas pode ter também usos na medicina.

Por Bruno Carbinatto
20 jul 2025, 16h00 • Atualizado em 24 jul 2025, 17h06
  • Com uma coloração azulada rara contrastando com um vermelho rubi, a cobra coral azul, ou cobra coral malaia azul, é considerada por muitos como a serpente mais linda do mundo. Mas não se deixe enganar pela beleza: a Calliophis bivirgatus tem uma peçonha potente, composta por uma neurotoxina única que paralisa e mata sua vítima em segundos.

    Ela é encontrada em países do sudeste asiático como Malásia, Indonésia, Singapura e Tailândia, mas, por ter hábitos fossoriais (ou seja, viver na maior parte do tempo enterrada no solo), é difícil encontrá-la e registrá-la. Apesar de delgada, ela é uma cobra relativamente grande: os adultos podem chegar até quase dois metros de comprimento.

    Além da beleza, a coral azul também é conhecida por sua potente peçonha, formada principalmente pela molécula caliotoxina, exclusiva dessa espécie. Quando a predadora pica uma presa (que geralmente é uma outra cobra, às vezes até da mesma espécie), a toxina atua sobre canais de sódio, desregulando os sinais elétricos dos nervos e músculos e impedindo os movimentos do corpo. Em pouco tempo, a presa fica paralisada e morre sufocada.

    A boa notícia é que, em humanos, a peçonha diferentona da coral-azul não parece ser tão potente como é em outras serpentes. Mesmo assim, há poucos casos registrados de óbito envolvendo acidentes com ela. Por sorte, é difícil que haja picadas, já que as serpentes azuladas são tímidas e elusivas. 

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    Em 2016, pesquisadores australianos analisaram o veneno da coral azul e descobriram que a caliotoxina atua em receptores que, em humanos, estão ligados à sensação de dor. Segundo o estudo publicado na revista Toxin, isto abre novas frentes de estudo para explorar a molécula para fins terapêuticos. Não seria a primeira vez que a peçonha letal de uma cobra seria explorada pela indústria farmacêutica: o Captopril, um famoso remédio para a hipertensão arterial, foi criado a partir do estudo do veneno da jararaca.

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