Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como Steve Jobs tentou decifrar o câncer

Criador da Apple apelou para um novo e revolucionário tratamento - decodificar o DNA do tumor

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h36 - Publicado em 19 dez 2011, 22h00

Salvador Nogueira e Bruno Garattoni

Steve Jobs também foi inovador em sua luta contra o câncer: ele se submeteu a um novo tipo de tratamento, que apenas 20 pessoas em todo o mundo já receberam. Uma equipe de cientistas analisou o DNA do câncer e o código genético do próprio Jobs, num procedimento que custou US$ 100 mil. Esse sequenciamento foi realizado para descobrir se Jobs e seu tumor possuíam determinados genes – cuja presença faz com que certas drogas sejam mais ou menos eficazes e orienta o médico sobre qual medicamento escolher.

“Cada paciente com esse tipo de câncer tem um código genético diferente, que indica a sensibilidade da doença a tratamentos específicos”, diz Nickolas Papadopoulos, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

O tratamento de Jobs é um procedimento experimental. Mas uma versão mais simples, que analisa apenas alguns genes, já está disponível no Brasil. “Existe um teste feito em câncer de mama que examina a atividade de um gene chamado HER2. Se o teste dá positivo, há um tratamento específico. Se o teste dá negativo, o tratamento é outro”, explica o geneticista Sergio Pena, da UFMG.

O criador da Apple não sobreviveu porque já estava muito debilitado (a leitura do DNA do câncer dele só ficou pronta em janeiro deste ano), mas estava muito empolgado com o tratamento. “Vou ser uma das primeiras pessoas a vencer um câncer desse tipo. Ou uma das últimas a morrer por ele”, disse no fim da vida.

Continua após a publicidade

Ler para saber

Para que serve a análise genética do tumor

Continua após a publicidade

1. Uma vez feito o diagnóstico, é preciso saber se aquele tipo de câncer já teve seu DNA sequenciado. Hoje, a medicina já decodificou os genomas de 465 tipos de tumor. Um dos mais recentes foi, justamente, o tumor neuroendócrino do pâncreas – que acometeu Jobs.

2. Em seguida, analisa-se o DNA do paciente. Um em cada 6 pacientes com o câncer de Steve Jobs possui mutação num gene chamado mTOR – que torna o tumor suscetível a drogas como a rapamicina. Nos outros pacientes, o medicamento não funciona tão bem.

3. Os médicos escolhem as drogas que funcionarão melhor para o tipo específico de câncer e o DNA do paciente. O tratamento foi aplicado quando Jobs já estava muito debilitado. Mesmo assim, acredita-se que possa ter estendido a vida dele em quase 1 ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.