Como a vida de Thomas Edison pode inspirar a sua
"Nossa maior fraqueza consiste em desistir. O jeito mais garantido de ter sucesso é sempre tentar mais uma vez"
Sua história é a mais perfeita demonstração de que o gênio, sem o esforço, vale de muito pouco. A despeito de sua formação acadêmica nula e das dificuldades da vida, Edison se consolidou como um dos maiores inventores – se não o maior – da história humana. E por quê? Porque ele sabia que boas ideias são só o começo da realização. De nada adianta uma sacada genial, se você não tem a mais vaga ideia de como usá-las para transformar a realidade ao seu redor.
Ao longo de sua vasta carreira nos negócios, o “mago de Menlo Park” fundou nada menos que 14 companhias. Todas elas foram um sucesso estonteante? Claro que não. Mas tem uma delas que certamente você conhece: General Electric. Originalmente fundada como Edison General Electric, ela foi resultado da fusão de várias empresinhas de lâmpadas e maquinário do inventor. Quando o índice Dow Jones de atividade industrial foi criado, em 1896, a General Electric foi uma das 12 companhias originalmente listadas. Se você olhar o Dow Jones hoje, uma das companhias que compõem o índice é a General Electric. Das 12 originais, ela é a única que permanece com esse nível de relevância. Numa era em que o sucesso e o declínio das companhias se sucedem com velocidade estonteante, essa é uma boa medida do tamanho do impacto de Thomas Edison na economia americana e mundial.
Pois bem. Qual foi o segredo de Edison? Em essência, não desistir nunca. Autodidata, ele foi criado na melhor escola de pensamento de inventores, naquele caldo efervescente que marcou o fim do século 19, início do 20: a noção de que a tecnologia não tinha limites. A compreensão da natureza, que poderia elevar a humanidade a um outro patamar, estava impregnada no espírito da época, e Edison foi um de seus mais notórios e dignos representantes.
Ele sabia que não seria reconhecido por sua genialidade da mesma forma que os cientistas costumam ser, pois suas conquistas não seriam abstratas, teóricas. Não se trata tão somente de entender a natureza, mas de fazê-la jogar no seu time. E isso não se faz com lampejos de genialidade. O principal ingrediente, como o próprio Edison definiu, é o suor do trabalho.
E uma nuance importante é que não se trata meramente de esforço ou de quantidade de energia despendida num projeto. É também questão de estratégia. Onde gastar sua energia? Como gastar sua energia? Essas são perguntas básicas que Edison sabia instintivamente responder e que o conduziam ao sucesso por meio do trabalho duro.
Ele sacou muito depressa, por exemplo, de que nada valia a lâmpada elétrica sem uma rede elétrica. Ele poderia ter apostado em baterias individuais, que fariam uma lâmpada funcionar, mas isso tornaria a ideia muito mais tímida do que se a iluminação pública e doméstica ensejasse uma transformação completa no modo de vida, graças ao fornecimento de energia elétrica. Trabalhou então para tornar a distribuição de eletricidade uma realidade. A lâmpada, no fim, a despeito de todo o seu potencial transformador, era só a garota-propaganda de uma revolução muito, muito maior.
Além das 14 empresas que fundou ao longo da vida, Edison também teve mais de 1.000 patentes em seu nome nos Estados Unidos, a começar por um registrador de voto elétrico, registrado em 1869, quando ele tinha apenas 22 anos. Eis um sujeito que não só não parava de ter ideias como tinha toda a habilidade e estratégia para colocá-las em prática com a maior chance de sucesso possível.
Edison nos ensina que precisamos sempre dedicar o nosso máximo esforço e desistir não pode fazer parte dos planos. Mas também nos lembra de que o trabalho só rende se estiver apontado, desde o início, na direção do sucesso. Nem sempre dá para saber de antemão se sim ou se não. Fazemos nossas apostas. E aí entra o fator insistência: mesmo que não tenhamos um senso de direção tão aguçado quanto o de Edison, se tentarmos um número suficientemente grande de vezes, vamos acabar acertando o alvo.
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