Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Cadáveres continuam se mexendo por mais de um ano após a morte, diz estudo

Mas calma, não vem nenhum apocalipse zumbi por aí. A movimentação é restrita, resultado da decomposição do corpo e ressecamento dos ligamentos.

Por Maria Clara Rossini
16 set 2019, 18h31

Não precisa se imaginar no cenário de The Walking Dead, mas fique sabendo que os mortos não descansam tão em paz assim. Um estudo feito por pesquisadores forenses da Universidade Central de Queensland, na Austrália, revelou que os cadáveres podem se mover significativamente por meses após o início da decomposição.

Os movimentos não são suficientes para fazer um defunto sair andando, claro, mas podem fazer diferença para o estudo forense. Os pesquisadores acompanharam e fotografaram cadáveres ao longo de 17 meses para verificar a evolução dos movimentos. Em um dos casos, o corpo iniciou a decomposição com os braços colados ao corpo e, ao fim do período, ele já estava de braços abertos. 

Para não perder nenhum detalhe, os cientistas tiraram uma foto do corpo a cada 30 minutos durante mais de um ano. No final, eles reuniram as fotos em um time-lapse e puderam ver claramente a movimentação.

O estudo ocorreu na única “fazenda de cadáveres” do hemisfério sul do planeta, localizada nos arredores de Sydney. Trata-se de um ambiente a céu aberto recheado de cadáveres, onde os cientistas podem estudar de perto a decomposição do organismo humano. A Instalação Australiana para Pesquisa Tafonômica Experimental (AFTER, em inglês) abriga 70 cadáveres em decomposição.

Em entrevista à ABC News, a pesquisadora Alyson Wilson, autora do estudo, disse que imaginava ver alguns movimentos no início do processo, mas não esperava que esse processo continuasse por 17 meses.

Continua após a publicidade

Segundo ela, a movimentação está relacionada ao processo de mumificação natural e aos ligamentos do corpo, que acabam ressecando ao longo do tempo. De acordo com a pesquisadora Maiken Ueland, diretora da fazenda, alguns movimentos também podem ser causados por insetos e gases presentes no corpo.

O estudo é relevante principalmente para investigações policiais. Ao analisar uma cena de morte, os investigadores prestam atenção na posição em que a vítima se encontra para tirar algumas conclusões. Entender como e por quanto tempo o cadáver se mexe pode ajudar a determinar a causa da morte e evitar interpretações erradas.

O estudo completo ainda será divulgado, mas é continuação de uma pesquisa publicado na Forensic Science International: Synergy, que acompanhou os cadáveres do mesmo instituto ao longo de seis meses.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.