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Beija-flores conseguem ver mais cores do que nós, revela estudo

Eles enxergam comprimentos de cores ultravioletas, graças a um tipo de célula a mais nos olhos

Por Maria Clara Rossini
17 jun 2020, 17h24

Talvez você já tenha tentado imaginar uma cor nova, que nunca viu. Não é fácil – não porque a tal cor não exista, mas porque o seu corpo não tem capacidade de enxergá-la. Essa é uma diferença entre nós e os beija-flores. Uma pesquisa da Universidade de Princeton revelou que esses pássaros enxergam cores que nós nem conseguimos imaginar.

Os humanos conseguem perceber as cores graças a três tipos de células presentes no fundo do globo ocular, chamadas cones. Cada uma é responsável por captar um tamanho diferente de onda eletromagnética, e portanto uma tonalidade: azul (ondas mais curtas), verde (ondas médias) e vermelho (ondas mais longas). As cores que nós vemos estão em algum lugar nesse intervalo de ondas. Percebemos o amarelo, por exemplo, porque ele é uma combinação de verde com vermelho.

Os beija-flores, por outro lado, possuem quatro tipos de cones, um a mais que os humanos. Esse tipo extra de célula permite que eles enxerguem ondas ultravioleta, bem como a combinação de ultravioleta com vermelho, verde e azul. Para testar a capacidade de distinção dos pássaros, a equipe de cientistas usou luzes de LED que emitiam quatro comprimentos de onda: vermelho, azul, verde e ultravioleta. Cada cor era colocada ao lado de dois bebedouros: um deles continha água, e o outro, água com açúcar. 

A única diferença eram as luzes de LED: enquanto uma emitia luz verde, a outra emitia uma mistura de ultravioleta com verde. Aos olhos humanos, o verde e a mistura verde + ultravioleta são iguais. Durante o experimento, os pesquisadores invertiam os bebedouros de lugar, colocando o sem açúcar no lugar do com açúcar e vice versa. Mesmo assim, os pássaros não se enganavam e iam direto para o açúcar. Como? Eles percebiam a diferença entre aquelas duas cores, enxergando uma mistura de ultravioleta com verde que nós nem podemos imaginar (o olfato dos beija-flores é pouco desenvolvido, e eles se orientam principalmente pela visão).

O experimento foi repetido milhares de vezes com variações de cores (vermelho e azul também) ao longo de três anos de pesquisa, sempre com os mesmos resultados.

Na vida dos beija-flores, essas variações de cores são importantes para distinguir penas e plantas, oferecendo vantagem em relação a predadores, por exemplo. Outros animais, como renas, pombos e até peixes-dourados, também veem em ultravioleta. Alguns, possuem mais tipos de cones – as lacraias-do-mar, por exemplo, contam com 12 tipos de fotoreceptores. Os humanos, infelizmente, só podem tentar imaginar como seria esse novo espectro de cores.

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