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“Baleia mais rara do mundo” é encontrada morta na Nova Zelândia

Descrita pela primeira vez em 1874, a espécie baleia-bicuda-de-bahamonde existe, mas jamais foi vista viva.

Por Caio César Pereira
18 jul 2024, 16h00

Enquanto as lendas sobre animais marinhos desconhecidos se concentram em serpentes ou criaturas gigantes com tentáculos, a realidade é muito mais simples. Um exemplo disso é a raríssima baleia-bicuda-de-bahamonde (Mesoplodon traversii), encontrada morta em uma praia na Nova Zelândia neste mês. Tão rara que a espécie nunca foi vista viva.

“É como o yeti ou o pé-grande. É um enorme animal que vive no fundo do oceano e sobre o qual realmente sabemos nada”, conta, em entrevista ao The Washington Post, Kirsten Young, professora de ecologia da Universidade de Exeter que já havia estudado esses bichos anteriormente.

A espécie foi descrita pela primeira vez em 1874, a partir de apenas um fragmento da mandíbula inferior e dois dentes, que foram encontrados nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia. 

Algumas partes do crânio encontradas anos depois, dois outros esqueletos, e finalmente dois espécimes encalhados foram os responsáveis para confirmar a existência do animal.

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“As baleias-bicuda-de-bahamonde são uma das espécies de grandes mamíferos menos conhecidas dos tempos modernos. Desde o século 19, apenas seis amostras foram documentadas em todo o mundo, e todas, exceto uma, eram da Nova Zelândia. Do ponto de vista científico e de conservação, [o novo achado] é grandioso”, conta, em comunicado, Gabe Davies, gerente de operações costeiras do Departamento de Conservação de Otago.

Os restos mortais encontrados no dia 4 de julho possuíam cerca de cinco metros de comprimento, e estavam  próximos a foz de um rio da província de Otago, na região sul do país. O animal foi identificado por especialistas em biologia marinha do Departamento de Conservação, juntamente com o Museu Nacional da Nova Zelândia Te Papa.

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Para a preservação e estudo, o corpo do animal foi retirado da praia e colocado em armazenamento refrigerado, com o seu DNA enviado para a Universidade de Auckland para a realização de análises e identificação genética.

De acordo com o comunicado do próprio Departamento de Conservação, “a raridade da baleia significa que as conversas sobre o que fazer a seguir levarão mais tempo, porque é um debate de importância internacional.”

“Às vezes pensamos que sabemos tudo sobre a ciência e os animais que vivem ao nosso redor, mas na verdade não sabemos. Esta baleia rara encalhada é um testemunho de que há tanto sobre os oceanos que ainda desconhecemos,” complementa Young.

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