Austrália cria robô marinho assassino – com uma missão nobre
A invenção visa a ajudar na preservação da Grande Barreira de Recifes, na Austrália
A Austrália está com um problema grande (e bonitinho): as estrelas-do-mar. Estima-se que 40% das destruições causadas na Grande Barreira de Recifes, localizada no pais, tenham sido causadas pelo animal da espécie conhecida como coroa-de-espinhos, que se alimenta dos corais. A solução para a questão? Criar um robô que injeta veneno nas estrelas, visando a uma diminuição da espécie na região.
A invenção é autônoma. Isso significa que o robô possui um sistema de inteligência artificial que identifica automaticamente quando vê uma estrela, e se prepara para dar a injeção fatal. Porém, se a máquina ficar na dúvida, o fator humano deve ser adicionado. Quando o robô não consegue definir com certeza se o que sua câmera está captando é uma estrela-do-mar, ele tira uma foto que é enviada para um humano analisar e orientar. A confirmação ou negação da fotografia entra para o sistema da invenção, que aperfeiçoa seu sistema de identificação. Você pode ver um exemplo do processo de identificação no vídeo abaixo:
A ideia é que o robô navegue cerca de oito horas por dia, aplicando nesse período até 200 injeções. “Mergulhadores humanos estão fazendo um trabalho incrível na erradicação das estrelas-do-mar em áreas demarcadas, mas não profissionais suficientes parar cobrir todas as estrelas da Grande Barreira”, afirmou em comunicado Andrew Dunbabin, Engenheiro Elétrico na Universidade de Tecnologia de Queensland, Austrália, e um dos responsáveis pela criação.
Um protótipo do invenção foi testado nos mares australianos em setembro de 2015, porém sem utilizar a inteligência artificial. Todas as injeções só eram aplicadas após uma provação humana. Os pesquisadores esperam que um robô completamente funcional esteja pronto ainda no início deste ano.
LEIA TAMBÉM:
Corais: esqueletos de cálcio formam muro no mar
EUA desenvolvem robô assassino
Um robô no seu lugar