Antepassados humanos amamentavam bebês até os 4 anos
Se já parece muito para os padrões de hoje, é uma eternidade para um australopiteco.
Sabemos pouco sobre os hábitos de amamentação dos seres humanos muito, muito antigos. Afinal, não é fácil de inferir quanto tempo um ser vivo mamou no peito da mãe a partir de um fóssil.
Por isso, cientistas da Universidade de Bristol resolveram investigar a composição de 40 dentes de diferentes antepassados humanos. Isso porque a proporção de diferentes isótopos de cálcio nos dentes depende do tipo de comida que alguém consome ao longo da vida.
Primeiro, eles estudaram a dentadura de australopitecos surgidos há cerca de 4 milhões de anos. A análise de cálcio indicou que, para eles, a amamentação era curta: poucos meses depois do nascimento, os filhotes comiam “comida de adulto”.
Já no segundo grupo de dentes, de espécies antigas do gênero Homo que apareceram há mais ou menos 3 milhões de anos, o cenário se inverteu. A amamentação seguia por um intervalo enorme, durando entre três e quatro anos por criança.
Os cientistas acreditam que estudos desse tipo ajudam a explicar os comportamentos diferentes desses hominídeos antigos – especialmente quando o assunto é estrutura familiar. A amamentação longa tende a promover intervalos maiores entre as gravidezes da mãe, favorecendo famílias menores – o que torna cada bebê especialmente valioso, já que é uma das poucas chances da mãe de passar seus genes adiante.
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