Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

37 bilhões de toneladas: esta é a conta mundial de CO2 em 2018

Aumento de 2,7% em relação a 2017 liga sinal de alerta para o cumprimento das metas mundiais estabelecidas no Acordo de Paris, e que valem a partir de 2020

Por Guilherme Eler
Atualizado em 10 dez 2018, 12h13 - Publicado em 6 dez 2018, 18h23

O ano sequer chegou ao fim e já é possível prever uma nova quebra de recorde preocupante: a pegada de carbono que a humanidade deixou na atmosfera em 2018 é novamente a maior da história.

A afirmação, feita por um levantamento do Global Carbon Project, que monitora emissões por todo mundo, enterrou a esperança de que os países conseguissem manter os avanços na emissão de gases de efeito estufa dos últimos anos.

Entre o período que se estendeu de 2014 a 2016, não houve variação significativa na quantidade produzida de um ano para o outro. Em 2017, no entanto, o incremento foi de 1.7% em relação a 2016.

Neste ano, atingimos preocupantes 2.7% de aumento – totalizando o montante histórico de 37.1 bilhões de toneladas.

Continua após a publicidade

O relatório “Orçamento de carbono” 2018 foi produzido por 76 cientistas, de 15 países, e aponta o pico de CO2 em 2018 em duas frentes principais. Primeiro, o aumento do consumo de carvão mineral, fonte de energia altamente poluente por economias em ascensão como Índia e China. Depois, a ampliação do uso de combustíveis fósseis em setores estratégicos como o transporte e a indústria.

O documento foi apresentado em uma conferência climática da ONU (Organização das Nações Unidas) que aconteceu em Katowice, na Polônia, e reuniu mais de 200 países signatários de Acordo de Paris.

Continua após a publicidade

Principal documento internacional que regula a emissão de gases de efeito estufa, o Acordo de Paris propõe que países se esforcem para que a temperatura do planeta não ultrapasse os 2ºC até 2020 – ficando, idealmente, abaixo dos 1,5º C. Para a tarefa, cortar o total de gases nocivos ao ambiente é nada menos que fundamental. Eles não são chamados “gases de efeito estufa” à toa: devido a suas características químicas, ficam represados na atmosfera, aumentando a temperatura do planeta.

Ainda que o Brasil tenha puxado a fila e alcançado de antemão suas metas de emissão para 2020, esse empenho ainda não é acompanhado por algumas das principais economias do mundo – e, por tabela, poluidores de peso. Nos Estados Unidos, o aumento ficou na casa dos 2.5%. China, principal poluidor do mundo, e Índia (quarto maior) registraram alta de 4.7% e 6.3%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.

Completam o top 10 de emissores os países da União Europeia (que, juntos, ocupam a terceira colocação), Rússia, Japão, Alemanha, Irã, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Canadá.

Continua após a publicidade

O aumento repentino indica que nações não tem cumprido o tratado ambiental assinado há três anos. A tendência era que, para chegar a 2020 aptos a adotar médias do Acordo de Paris, a redução observada nos países fosse mais gradual – e o corte, assim menos drástico. E as previsões para o ano que vem também não são animadoras. Pesquisadores acreditam que esse aumento repentino de emissões a partir de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) observado pode fazer com que 2019 repita um patamar de crescimento elevado. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.