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Redes sociais afetam o cérebro do mesmo jeito que a paixão

Por Thiago Perin
Atualizado em 21 dez 2016, 10h08 - Publicado em 1 jul 2010, 17h13

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Como eu te amo, meu Twitter!

Eis que a ciência aparece para explicar por que a gente gosta tanto de redes sociais. O pesquisador Paul J. Zak, professor da Claremont Graduate University (EUA), descobriu que uma simples troca de tweets ou um amigo curtindo nosso status no Facebook pode aumentar nossos níveis de oxitocina, conhecida como “hormônio do amor” (ela estimula sentimentos como empatia, generosidade e confiança, e tem altas quando estamos apaixonados).

A cobaia foi o jornalista Adam Penenberg (que conta a experiência toda aqui). Ele cedeu amostras de sangue antes e depois de passar 10 minutos batendo papo no Twitter. Nesse tempinho, seu nível de oxitocina subiu 13%. (Para se ter uma ideia, uma alta equivalente à observada em um noivo prestes a subir no altar.) E nem é só isso: seus níveis de cortisol e ACTH, hormônios ligados ao estresse, caíram 11% e 15%, respectivamente.

Isso leva a crer que o cérebro percebe o tempo que “perdemos” no Twitter e no Facebook, por exemplo, como se estivéssemos interagindo diretamente com pessoas queridas. E aí libera a oxitocina, que dá um pouquinho daquele “barato” que a gente sente quando se apaixona. Sem falar que, ao suavizar os hormônios do estresse, derruba também o risco de problemas cardiovasculares, como infartos e derrames. Ou seja: tuitar é bom para o coração em todos os sentidos. Justamente a desculpa que você precisava para procrastinar sem culpa, né?

(Dica do super Kleyson)

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